Marcelo Iglesias
Max Payne é uma série que ganhou o respeito do público por inserir uma narrativa instigante a um game de tiro em terceira pessoa. E em seu terceiro episódio não poderia ser diferente. Não é por acaso que Max Payne 3 ganhou um lugar ao sol em nossa lista de recomendações.
Neste episódio, o protagonista, atormentado pelo alcoolismo e pelo uso de remédios, não consegue superar a perda de sua família. Cada vez mais atolado em seu inferno astral, vê como uma saída se mudar para um país latino para trabalhar como segurança. Quem assistiu a Chamas da Vingança, com Denzel Washington, não verá muitas disparidades entre o roteiro da película e o do game.
Mas, ao invés de ir para a Cidade do México, Payne arruma um bico em São Paulo, o que torna a trama mais curiosa para os brasileiros. Mas não se deve esperar uma reconstrução minuciosa da maior cidade do país. Afinal, ao contrário da Liberty City, de GTA IV, que é um clone perfeito de Nova York, os programadores estão a milhares de quilômetros de São Paulo, o que não lhes permitiu uma reprodução fidelíssima do Viaduto do Chá e nem das obras do Itaquerão, que na época do lançamento ainda era obra de ficção.
Mesmo assim, Max Payne 3 é uma obra prima da violência. Afinal, o game brinda o jogador com uma chuva de balas interminável, com direito a elementos genuínos da série, como o Bullet Time (a aquela câmera lenta que permite selecionar vários alvos), além das espetaculares execuções cinematográficas. A jogabilidade é simples e intuitiva e os gráficos são de ótima qualidade, com direito elementos despedaçando pelo cenário.
A dublagem dos vagabundos paulistas, por sua vez são péssimas. Mas os palavrões e escrotices dos bandidos acabam ficando engraçados com o passar das fases. A narrativa é fragmentada com capítulos inteiros em flashbacks, o que coloca o protagonista em diversos momentos e penteados diferentes. Uma boa dica é ficar atento às promoções que a Rockstar faz nas redes como PSN, Steam e XLA. Volta e meia o game aparece com preços reduzidos.
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