Marcelo Iglesias*
A Sony acaba de colocar no mercado o game The Order: 1886, que se fôssemos julgar pela promoção durante seu desenvolvimento, deveria ser o melhor título da história dos videogames. Mas está longe disso. O game exclusivo para PlayStation 4, apesar de ser uma preciosidade em qualidade gráfica, peca por oferecer uma campanha miúda e uma infinidade de cutscenes que praticamente fazem com que o jogador se torne um mero telespectador.
The Order: 1886 é uma ficção no estilo Steampunk (que funde estética do passado com elementos tecnológicos modernos), coloca o jogador no comando de uma irmandade milenar, criada pelo Rei Arthur, que precisa proteger uma Londres pós-revolução industrial. A narrativa envolve uma infinidade de elementos históricos, que dão charme à produção.
Graficamente, o game é incrível. É muito difícil diferenciar as animações do gameplay. A qualidade das texturas, a iluminação, tudo é muito bem trabalhado e revela o poder de processamento do console da Sony. A jogabilidade é boa e mescla momentos de exploração e combates. Este último segue o mesmo padrão de Gears of War, clássico do Xbox 360.
Por outro lado, toda a riqueza da trama e a beleza da produção é apresentada de maneira rápida. O jogo é exageradamente curto, com uma campanha que não demora mais do que cinco horas. Se a intenção da Sony era apenas demonstrar o poderio do PS4, deveria pelo menos cobrar a metade dos R$ 180, já que se trata apenas de meio jogo.
(*) Texto publicado na edição de 22 de fevereiro do jornal Hoje em Dia
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