The Library of Babel combina história intrigante com boa jogabilidade para fugir da trivialidade
Marcelo Jabulas | @mjabulas – Um bom game precisa de um bom enredo e boa jogabilidade. Muitas vezes é difícil casar os dois elementos e criar um game instigante e com ingredientes que façam sentido. “The Library of Babel” é mais ou menos assim.
O game é inspirado no livro homônimo do escritor argentino Jorge Luis Borges, publicado em 1941. No game, a trama se passa 20 mil anos após a extensão da humanidade. O mundo é habitado por robôs humanóides que vivem em uma harmonia lógica. Mas quando é descoberta uma gigantesca biblioteca que coloca em cheque os comportamentos da sociedade, esse mundo organizado entra em colapso.
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E nessa trama, o jogador assume o papel de Ludovik, um investigador que precisa desvendar um assassinato. Com gráficos em estilo Cel Shading, com visual cartunesco, sobreposições de camadas e demais recursos para dar acabamento numa produção de baixo orçamento.
Já o game em si tem estilo 2D de plataforma. A jogabilidade é furtiva e o jogador precisa recolher informações para avançar. Nada que nunca tenha sido visto num Adventure ou em um Action RPG.
Mas a falta de conexão se dá pela forma rudimentar que as informações são lançadas. Como num game dos anos 1990, tudo é explicado com caixinhas de legendas. Arrastadas, ler tudo toma tempo e muitas vezes a paciência se esvai. Assim, muitas vezes a riqueza da história é sublimada por um conjunto de pulos, itens combinados, sem muito nexo com a narrativa.
Jogabilidade de The Library of Babel
Com elementos do tipo Metroidvania, o jogador precisa combinar elementos, ir e voltar aos cenários para desbloquear novos caminhos.
Um fator interessante é que Ludovik não pode agredir seus oponentes. Para isso é preciso ser furtivo, esconder atrás de objetos é a melhor forma para avançar em segurança. O game também adiciona plataformas e desafios para acessar os caminhos. Não chega a ser como “Limbo” ou “Inside”, mas é interessante.
Palavra final
“The Library of Babel” é um game que mostra boa criatividade e prova mais uma vez que as produções independentes sempre trazem boas surpresas por fugir da massificação da indústria e adotar recursos criativos para driblar as limitações orçamentárias. Trata-se de um jogo que merece atenção.
Disponível para PC, PS5, PS4, Xbox Series X/S, Xbox One e Nintendo Switch. Os preços partem de R$ 57.