Jogamos a reedição de The King of Fighters XIII, que se mantém tão atual e gostoso de jogar como há três décadas
Marcelo Jabulas | @mjabulas – Antes de mais nada preciso dizer que adoro “Street Fighter”. Joguei todas as edições, do primeiro ao último título. Mas preciso reconhecer que nenhuma franquia é tão dogmática ou pétrea como “The King of Fighters”. Isso mesmo, a franquia de luta da SNK se mantém fiel às suas tradições há três décadas.
Jogamos “The King of Fighters XIII Global Match”, reedição ampliada do game de 2013, que acabou de estrear no mercado. O game traz de volta velhos conhecidos como os irmão Bogard e o parça Joe Higashi, apesar de a hipertrofia muscular de Terry ter ultrapassado os limites da anatomia humana.
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Mas realismos a parte, fato é que o game resgata o panteão de lutadores e os coloca em arenas para batalhas 2D. Nada de efeitos tridimensionais ou elucubrações em mundo aberto.
The King of Fighters XIII 10 anos depois
Os gráficos são agradáveis, com uma pegada Cel Shading. Ou seja, com um estilo de revistinha em quadrinho, sem texturas plásticas modernas. É um game bonito, com personagens e cenários bem detalhados. Mas é tudo chapado, como manda a Velha Guarda dos games de luta.
Comprado com “KoF XV”, é notável a inferioridade visual, mas particularmente acho a reedição bem mais agradável de jogar que o título publicado no ano passado. Coisa de quem cresceu jogando jogos de luta nos anos 1990.
As conhecidas combinações de golpes estão lá, assim como os comandos de golpes fracos, médios e de alta intensidade. Nada de botão para especial. Quem quiser aplicar um golpe espetacular deve decorar a sequência de movimentos.
O jogo oferece uma boa variedade de combates e modos de luta. Na carreira solo, o esquema permite selecionar três lutadores e ordenar quem começa e quem termina a batalha. É um modelo conhecido, que ficou popular com “Marvel vs Capcom”.
Há batalhas online, que nunca recomendo para quem não esteja bem afiado com o jogo e seu lutador favorito. Isso porque a galera que disputa partidas em redes são bastantes habilidosos (e sádicos).
Geralmente vencem o primeiro round com aparente equilíbrio. Te deixam ganhar o segundo e depois te trucidam de forma impiedosa no terceiro. Mas o bom de jogar “KoF” é com a turma presencial. Aquela rodinha de fliperama, com os amigos. Perdeu, passou o controle para o próximo.
Um lance legal é que “The King of Fighters XIII Global Match” é um jogo com versões para consoles da geração anterior. O game tem edições para PS5 e Xbox Series X/S, mas também para PS4 e Xbox One, além do Nintendo Switch. Os preços partem de R$ 100. Se faltou uma lembrança legal de Natal, taí a melhor sugestão de última hora.