Testamos o obrigatório Capcom Arcade Stadium

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Capcom Arcade

Marcelo Jabulas | @mjabulas – A Capcom é um dos selos que mais conhece a arte da reembalagem de produtos. Isso porque, volta e meia, lança uma coleção ou reedição de games antigos para plataformas mais modernas. E mesmo que o gamer já tenha alguns games em outros consoles, sempre acaba comprando. E amanhã vai comprar novamente.E assim, ela acaba de lançar o “Capcom Arcade Staduim”, coletânea que constrói um verdadeiro fliperama dentro da TV ou do monitor. Com quatro versões, três com pacotes de 10 jogos e outra completa, com 32 títulos, o pacote conta com games populares da produtora.O título, que até então era disponível apenas para Nintendo Switch, passa a contar também para PS4, Xbox One e PC (via Steam). Os preços variam de R$ 40 a R$ 170.

Jogos como “Final Fight”, “Street Fighter II” estão lá, ao lado de clássicos como “1942”, “1943”, assim como “Captain Commando”, “Ghosts n Goblins”, “Air Wings”, dentre outros que bombavam nas casas de fliperama e botequins de esquina, fazem parte do pacote.

Fichas no balcão

Mas o que torna essa coleção legal é que o game cria uma interface gráfica que simula uma casa de jogos. O jogador precisa colocar as fichas (que são infinitas e gratuitas) e o game é exibido como se o jogador estivesse num game de primeira pessoa diante da máquina.

Isso mesmo! Com o direcional esquerdo, o jogador controla o que se passa “na tela da máquina”. Já o analógico direito permite que o jogador mexa com a “cabeça”, podendo ver os botões sendo apertados, a alavanca do joystick, assim como os games das cabines ao lado.

O jogador, inclusive, pode personalizar seu fliperama. O game oferece diversos formatos de máquinas, como aquelas japonesas, com tela inclinada, assim como aqueles modelos conhecidos de quem confiscava o troco do pão para jogar uma fichinha de “Street” na ida à padaria.

Filtros

A Capcom também disponibiliza uma grande variedade de filtros que simulam diferentes tipos de monitores, assim como nível de detalhamento. Ele também permite que o jogador jogue sem o cenário do fliperama.

Funcionalidades

Mas não é só visual bacaninha e games da velha guarda que “Capcom Arcade Stadium” oferece. O título conta com diversos ajustes de velocidade para que o jogador jogue no ritmo que considere mais confortável. Pode parecer besteira, mas alguns games da velha guarda, como “1943” e “Street Figher II Turbo: Hyper Fighting” são muito acelerados. Assim é possível ajustar a velocidade, para deixá-los mais lentos ou mais rápidos.

O game também permite que o jogador volte a jogada. Dá para corrigir aquele golpe que não saiu, assim como ter uma segunda chance quando for atingido por um objeto fatal. Isso sem contar a facilidade de salvar a qualquer momento.

Assim como a velocidade, os salvamentos e fichas infinitas são necessários para ajustar a lógica de um game de fliperama para um game doméstico. Isso porque os games arcades que surgiram nos anos 1980 tinham como função ser rentáveis para as casas. Ou seja, eram extremamente difíceis para engolir o máximo de fichas dos jogadores.

Hoje, o cenário é outro: o gamer compra um jogo e quer chegar ao final sem grandes sacrifícios. Assim, o pacote da Capcom permite que o jogador conclua o game sem ficar contando fichas.

Capcom Arcade

Raridades Capcom

Apesar de o pacote não incluir clássicos como “Cadillac’s and Dinossaurs” ou “The Punisher”, o game tem jogos que eram difíceis de encontrar como “Armored Warriors” (foto ao lado). O game lançado em 1994 segue a mesma receita dos Beat‘n ups (games de pancadaria), mas com o jogador controlando robôs gigantescos. O grande barato desse game é que o jogador pode incrementar seu guerreiro de aço, com acessórios como canhões, braços articulados, lagartas, pernas de aranha e flutuadores. O pacote também inclui títulos com “Mercs” e “Forgotten Worlds”, que ficaram conhecidos em conversões para consoles, como Mega Drive.

Palavra final

“Capcom Stadion Arcade” trilha o mesmo caminho do “Capcom Arcade Cabinet”, que era oferecido no para PS3 e Xbox 360. A diferença é que ficou mais prático, bonitinho e organizado. Trata-se de um conteúdo legal para quem curte games antigos e gosta de descobrir títulos do passado que não eram muito frequentes. E mesmo a versão mais cara (R$ 170) para consoles ainda sim é um preço justo, quando se considera o valor unitário de R$ 5,30 por game. Vale cada centavo.


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