Marcelo Jabulas | @mjabulas – Quando se faz uma enquete sobre os melhores episódios da franquia “Super Mario”, muito se fala de “Super Mario Bros 3”, assim como “Super Mario World”. Mas pouco se fala de “Super Mario Land”, título produzir para Game Boy, publicado em abril de 1989.
“Super Mario Land” chegou junto com o portátil da Nintendo. O desenvolvimento do game ficou a cargo de Gunpei Yokoi, homem de confiança do chefão da Big N, Horoshi Yamauchi. Chama atenção que Shigeru Miyamoto (pai de Mario) ficou de fora do projeto.
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Mas havia uma razão bem fundamentada, Yokoi era o responsável pelo design do Game Boy. Ele também tinha sido o inventor do Game&Watch (tataravô do Switch) e deu forma ao clássico D-Pad, joystick do Famicom (o NES japonês) com seu direcional em cruz. Formato que até hoje é adotado pela indústria, como Sony, Microsoft e claro, a Nintendo.
Mas voltando a “Super Mario Land”, o game foi uma espécie de abre-alas do novo portátil. No game, Mario percorre o mundo atrás de sua princesa amada. A cada fase concluída, ele descobre que foi enganado. É engraçado.
Diferenças de Super Mario Land
Sem a supervisão de Miyamoto, o game tinha elementos estéticos que fugiam do padrão da série. A começar pelos mundos, inspirados em localidades como Egito e até a Ilha da Páscoa.
Apesar de trazer criaturas clássicas como Bullet Bill, e Koopa Troopa (as tartaruguinhas), a maioria dos inimigos eram seres estranhos ao universo de Mario, como aranhas, polvos e outros. O comportamento dos bichinhos também eram diferentes. As tartarugas, ao serem pisoteadas, não liberam o casco, mas se tornam explosivas.
O game também trazia fases de tiro, com Mario pilotando submarino e um avião. Os inimigos também não eram Koopa ou seus herdeiros, mas serpentes e até uma nave espacial.
Visual
Os graficos de “Super Mario Land são bonitinhos. Como o Game Boy era monocromático, tudo é em preto e branco (melhor, em preto e verde). O nível de detalhamento agrada, ainda mais quando estamos falando de um console portátil dos anos 1980, com uma telinha de 160×144 pixels e um processador de apenas 4.19 MHz e 8 KB de RAM. Isso sem falar que o jogo era encapsulado em ROMs de 32 KB.
Assim o jogo é simples, mas bem desenhado, com Mario seguindo a estética de “Super Mario Bros” do Nintendinho. O jogo também não apresenta sprites piscando, com era comum no NES.
Jogabilidade
A jogabilidade segue o padrão dos jogos 8 Bits da franquia. Com apenas dois botões, Mario pula, corre e atira (quando está com a Flor do Fogo). O game é bastante desafiador e exige idas e vindas até o jogador dominar os padrões.
Ou seja, quem foi encarar a aventura na forma raiz, no Game Boy, pode preparar para comprar um bocado de pilhas ou um alimentador de tomada. Pois demora para vencer os 12 estágios, não pela extensão do jogo, mas pela quantidades de vezes que será necessário reiniciar.
E mesmo com emulação, com seus slots de salvamento a qualquer momento, o jogo também consome algumas horas de dedicação. Mas vale a pena.
Como jogar Mario Land
Encontrar o cartucho não é fácil. Mas quando se garimpa não é caro. No Mercado Livre, os valores giram em torno de R$ 80. O problema é encontrar um Game Boy. Quando se acha, o console tem preços que variam de R$ 500 a R$ 1550. Aí, é melhor comprar um Nintendo Switch.
Mas na emulação é possível ter boa experiência. Emuladores para dispositivos Android simulam do design do console. Inclusive com pulsos na tela que simulam a pressão dos botões e direcionais.
A Nintendo bem que poderia disponbilizar o jogo para Switch. Hoje ela oferece um serviço de assinatura com games de NES, Super Nintendo e N64. Adicionar os velhinhos do Game Boy, assim como do fantástico GBA, seria um grande barato.
Palavra Final
“Super Mario Land” é um game indicado para quem é fã de retrogaming. Para colecionadores, vale a pena apostar no cartuchinho. E para quem quer só curtir, vale muito dedicar umas horas num emulador, pois é um game bem legal.