Super Contra chega aos 35 anos e poucos viram os créditos

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Terror dos fliperamas ‘Super Contra’ chegou com a missão de ser um devorador de fichas como o jogo original

Super Contra
Super Contra chegou em 1988 para arcade

Marcelo Jabulas | @mjabulas – “Super Contra” acaba de completar 35 anos e é uma prova viva de com se fazia jogos nos anos 1980. A lógica do jogo de fliperama daquela época era simples. Ele deveria ser difícil para garantir a rotatividade de fichas e jogadores. Quanto mais difícil, mais lucrativo era o game.

E seguindo essa lógica, todos os principais estúdios desenvolveram jogos para arcades extremamente difíceis. Um deles é “Super Contra”, game que chegou às casas de jogos ocidentais em 3 de janeiro de 1988.

CONFIRA AQUI:

A Konami foi elogiada pela qualidade do título original “Contra”, lançado em fevereiro de 1987. Extremamente difícil, o jogo era um devorador de fichas. E os pedidos por máquinas cresceram.

Não demorou muito para surgir o projeto de um segundo game, que estreou no Japão em dezembro do mesmo ano. “Super Contra” segue o mesmo padrão de gameplay. O jogador (ou jogadores) enfrentam soldados alienígenas num game de tiro frenético.

Super Contra
Drones com armas garantem poder de fogo ao jogador

A trama se passa anos depois de os protagonistas do game original terem derrotado a facção Red Falcon. Os invasores retornam e provocam o caos na Terra. Cabe aos jogadores detonar com os bandidos numa campanha de cinco fases.

Apesar de parecer curto, é quase impossível chegar ao final de “Super Contra”. Isso porque qualquer coisa que toque no jogador é uma vida a menos. Um jogo tão sádico como “Ghost ’n Goblins”.

Super Contra e saco de fichas

“Super Contra” é um devorador de créditos. Chegar ao final com uma única ficha é algo além da imaginação. Assim, os jogadores enchiam os bolsos para tentar avançar no game.

Tela vertical era uma herança das máquinas dos anos 1980

Mas o jogo tinha uma pegadinha. O jogador tinha direito a apenas três continuações. Ou seja, poderia colocar uma ficha e continuar de onde parou apenas em três ocasiões. Depois disso, era necessário começar o jogo novamente.

Nintendo

“Super Contra” fez tanto sucesso, que a Konami decidiu publicar uma edição para o NES, o famoso Nintendinho. O game demorou para ficar pronto e chegou em 1990.

Versão para NES tinha formato 4:3 e gráficos simplificados

O roteiro era o mesmo, inclusive a abertura com o jogador desembarcando de um helicóptero no ar. Tirando as limitações gráficas, devido a menor capacidade de processamento do console da Nintendo, a principal diferença foi na proporção de tela.

No fliperama, “Super Contra” ainda utiliza o modelo de tela vertical, que era bastante comum nos anos 1980. Jogos como “1942” rolavam de baixo para cima.

Sobreviver em Super Contra exigia mais habilidade do que fichas no bolso

Em “Super Contra” o deslocamento é lateral, mas há vários níveis e inimigos que surgem do alto. Para o NES foi necessário colocar o jogo no formato 4:3 dos televisores da época.

Onde jogar

Para jogar “Super Contra”, o jogador pode tentar garimpar um cartucho no Mercado Livre. Mas é caro. Uma “fita” original não sai por menos de R$ 300 e pode chegar a R$ 1.200, se o exemplar estiver lacrado.

Outra maneira mais fácil e barata é a coletânea “Contra Anniversary Collection”, com edições para PS4, Xbox Series X/S, Xbox One e PC. Os preços giram em torno de R$ 80 e o pacote conta com 10 jogos da franquia. Vale a pena.


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