“Street Fighter 6” chega ao mercado trazendo evoluções visuais, mundo aberto, mas perdeu a essência da franquia
Marcelo Jabulas | @mjabulas – Não há como negar que “Street Fighter 2” é um dos games mais populares da história. Lançado em 1992, o título salvou a franquia da Capcom e a transformou em sinônimo de jogo de luta.
Ao longo de mais de 30 anos, a Capcom bebe na fonte de “SF2” e agora acaba de lançar “Street Fighter 6”, que chega com o desafio de ser manter atrativo diante do universo dos jogos online, metaverso, TikTok e outras tendências contemporâneas.
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O título tem versões para PS5, Xbox Series X/S e PC, o game ainda contará com edição para PS4. Com preço de R$ 280, a Capcom quer se redimir dos erros do passado.
A crítica especializada classificou o game com nota 92, no indexador Metacritics, com reviews ufanistas. Já nas notas de usuário, a pontuação foi 6.2. Muita gente criticou a falta do modo arcade, simplificação dos comandos e claro, toneladas de microtransações.
Street Fighter 6 e modernidade
O game tenta combinar tendências atuais com antiga receita do game que definiu um gênero. Com três modos de batalha: Fighting Ground, World Tour e Battle Hub, “Street 6” quer se modernizar como “Roblox”.
De fato os novos modos são apenas caminhos para os intermináveis duelos. Mas vale a pena falar um pouco sobre o Battle Hub. Nesse modo, o jogador cria seu personagem para percorrer o modo campanha em cenários retirados dos games da Capcom.
Foi uma maneira mais atrativa que games de luta atuais que criavam uma novelinha para dar sentido as lutas. “Marvel vs Capcom Infinite” bebeu nessa fonte melancólica.
Mas a principal preocupação foi limpar a barra com os jogadores. “Street Fighter V” foi criticado pelo excesso itens bloqueados e vendas de conteúdos. Tudo sem dizer falhas gráficas e imprecisões de comandos.
Mas voltando a “SF6”, o game traz cenários bem desenhados, cheios de efeitos, animações que transformam o game num carnaval, como “Mortal Kombat 11”.
Os personagens passaram por mudanças. Dhalsim barbudo, Blanka vestindo jardineira e E. Honda de shortinho sob as vestes. A Capcom tomou cuidado para não deixar o game tão sexista. Nada de Cammy com maio “atochado”. A produtora não quer ser ofensiva.
Ao todo são 18 personagens, com o time de veteranos que também inclui Ryu, Ken, Chun-li, Guile, Zangief, Dee Jay, Juri e Luke. Os novatos Jamie, Kimberly, Marisa, JP, Lily e Manon completam o plantel. Akuma, Ed e Rashid e o estreante A.K.I. chegaram durante o ano como personagens adicionais.
Palavra final
A impressão que dá é que o “Street Fighter 6” chegou para agradar o jogador que não vê lógica em decorar movimentos para dar golpes especiais. Particularmente, o jogo ficou superficial e menos desafiador, pois basta apertar um único botão para que seu lutador aplique golpes poderosos.
Fico com “SF2”, sempre!