Marcelo Iglesias | Redação GameCoin
Não é a primeira vez que questiono a estratégia da Capcom em reeditar seus games. Ela tem republicado títulos antigos há um bom tempo. Não que seja errado, mas mostra que a empresa tem se limitado às produções que já vingaram e pisa em ovos para lançar novas franquias. Nesta semana chegou ao mercado Resident Evil Zero HD, versão em alta definição do jogo produzido para GameCube há 14 anos e reeditado para Wii em 2008. Sem a mesma ansiedade que foi registrada no início de 2015, quando foi publicado a reedição da versão de Resident Evil de 2001(para o mesmo GameCube), o jogo surpreendeu positivamente e até mais que do que era esperado, longe de ser uma pizza de ontem requentada no micro-ondas.
O game narra o drama de Rebecca Chambers, agente de elite da polícia que é enviada para investigar anormalidades próximo à Mansão Spencer, local onde discorrerá os acontecimentos do primeiro episódio de Resident Evil. Isto porque Resident Evil Zero se passa momentos antes de Chris Redfield e Jill Valentine chegarem ao casarão. O helicóptero da equipe cai na mata e cabe à heroína investigar o que aconteceu com um prisioneiro que tinha desaparecido de uma viatura acidentada. Apesar de ser uma reedição, o game é relativamente novo para o público brasileiro, uma vez que o GameCube não teve grande repercussão no mercado brasileiro, devido ao fenômeno chamado PS2.
Graficamente o título agrada, inclusive até mais que a reedição de Resident Evil, com cenários, elementos móveis e personagens mais detalhados. Como se trata de uma produção anterior à Resident Evil 4, o game mantém elementos que tornaram a série famosa, como os cenários com câmera fixa, no qual é preciso sair do enquadramento para abrir uma nova perspectiva de câmera como se fosse um filme (herança de Alone in the Dark). Os carregamentos de salas e ambientes com o artifício da porta se abrindo. Vale citar que na época dos dois primeiros games da série, o recurso servia não apenas para instigar o jogador, mas também para dar tempo de o console carregar os dados do próximo ponto do game. Em RE Zero HD, a abertura das portas foram mantidas para dar um charme e não por necessidade técnica.
Jogabilidade impressiona
Um dos destaques de Resident Evil Zero HD é sua jogabilidade, principalmente nos consoles. Isto porque Rebecca não atua sozinha. No início do game ela encontra com Billy Coen (o tal bandido procurado) e o jogador assume o controle simultâneo dos dois, usando cada um dos direcionais analógicos para guiar os personagens. Mas não se preocupe, o jogador pode eleger qualquer um dos personagens como principal e mudar a qualquer momento, e quando isso ocorre o secundário acompanha o jogador e inclusive o defende em caso de ataque.
O cooperatismo também é legal para solucionar os diversos quebra-cabeças do jogo, já que cada personagem tem habilidades específicas. A vida dupla do jogador exige responsabilidades, pois é preciso ficar atento à saúde dos dois jogadores ao mesmo tempo. Uma dica interessante é esconder um personagem ferido até que o outro elimine os inimigos e encontre as plantinhas verdes para curá-lo.
Resident Evil Zero HD é um game legal. Não está entre os principais jogos do ano, mas pesa a favor sua importância na série e o fato de ser um jogo pouco conhecido do público brasileiro devido a pouca popularidade do GameCube por aqui. Outro bom argumento para pensar no jogo é o seu preço. Partindo de R$ 40, na versão para PC, o game ainda tem versões para PS4, PS3, Xbox One e Xbox 360, em que o custo sobe para até R$ 62.
Mini ficha GameCoin:
Residente Evil Zero HD
Estilo: Survival Horror
Idioma: Áudio, textos e menus em inglês
Disponível: PS4, PC, Xbox One, PS3 e Xbox 360
Preços: Entre R$ 40 e R$ 62
E quanto vale o show? 4 moedinhas (muito bom)
Enredo: 3
Gráficos: 3
Jogabilidade: 5
Desafio: 5
Custo/Benefício: 5
Tabela GameCoin de classificação
5 moedinhas: Excelente
4 moedinhas: Muito bom
3 moedinhas: Bom
2 moedinhas: Ruim
1 moedinha: Horroroso