Review: Jogamos Gran Turismo 7

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Marcelo Jabulas | @mjabulas – Finalmente “Gran Turismo 7” chegou para redimir a franquia. Não posso negar que não joguei “GT Sport” à exaustão, mas fato é que o último título estava muito aquém de seus antecessores.

Agora “GT7” chega evoluído, trazendo o que tinha de melhor na franquia, inclusive de “GTS”. Assim, antes de mais nada é preciso dizer que o game evoluiu sem macular a identidade. Um lance legal foi a inclusão da música tema do primeiro game “Moon Over the Castle” novamente na abertura. Esse hard rock, com um jeitão de Deep Purple é fantástico.

O título volta a oferecer tudo que fez da franquia um grande sucesso. Coleção com cerca de 400 carros, modelos exóticos e clássicos, assim como recursos de jogabilidade como provas de habilitação, loja de peças, mercado de usados e demais itens que sempre temperaram o game.

Por outro lado, “Gran Turismo 7” também agrega toda a experiência online obtida com “GT Sport”. O game oferece os mesmos mecanismos como o lobby de corridas, em que o jogador pode entrar numa sala e começar a correr com a galera, ou participar das provas ranqueadas.

Os princípios de comportamento foram mantidos. Os “pilotos” devem se respeitar na pista, assim como deve ser feito no automobilismo real. Bancar o Dick Vigarista pode te levar para a turma do fundão, onde a diversão é comprometida.

Gráficos

Um dos grandes baratos da série é a qualidade gráfica. Em “GT7”, a Polyphony Digital elevou ainda mais o refinamento. Na edição para PS5, o foto realismo foi amplificado. Efeitos como Ray Racing (que distorce a luz de acordo com o ângulo dos olhos) são fascinantes.

Na edição para PS4 a qualidade visual também evoluiu. O velho guerreiro consegue extrair com bravura gráficos incríveis. Efeitos de lusco-fusco, fumaça, névoa, chuva, cortina d’água, piso molhado e demais recursos tiveram cuidado esmerado.

Física de Gran Turismo 7

No entanto, nada se compara à evolução da física. O game foi desenhado para extrair o máximo do joystick Dualsense. O controle é capaz de distribuir em diversos pontos vibrações e reações do carro na pista. O analógico da direção pode ficar mais pesado, assim como os pedais (gatilhos R2 e L2) podem ficar mais pesados de acordo com o ajuste ou tipo de carro.

No PS4, essas funções se limitam a trivial vibração do Dualshock 4. No entanto, o comportamento do carro na pista impressiona. Quando se desabilita todos os assistentes: direção, tração e freios, assim como o controle de estabilidade, é possível perceber como cada carro reage na pista.

Gran Turismo 7

Saídas de traseira, rechicoteios, perda da frente, tudo isso se torna constante. O jogador deve aprender a domar cada carro, de acordo com a arquitetura.

Um carro de tração dianteira não solta a traseira com tanta facilidade como um bólido com tração traseira. Domar um leve Porsche 356 pode ser uma tarefa mais exaustiva que controlar um Nissan Skyline GT-R R34.

Garagem

A lista de carros de “GT7” impressiona. Há modelos inéditos como Porsche 356 e 964 Carrera RS, assim como velhos conhecidos como Toyota Supra e Mazda RX7. Carros lendários como a Alfa Romeo 155 DTM está de volta. Os bólidos são apresentados de forma paulatina, seja no mercado de usados e também no showroom de novos. Alguns necessitam de convites para serem vendidos.

Mas montar uma coleção inicial é fácil. A grana corre solta. Uma forma fácil de obter dinheiro é correr a prova do Mini 65, em Goodwood. Uma prova rápida que rende 35 mil créditos.  Mas não se preocupe em torrar sua grana com carrinhos mundanos.

Fatalmente eles lhe serão entregues nas conquistas do Café, assim como quando se tira carteira. Basta um bronze para receber um carro novo. Mas se o amigo conseguir ouro em todas as provas, aí o presente evolui bastante. Assim, guarde a grana para comprar peças de carros estratégicos de acordo com o tipo de tração, posição do motor, carroceria e nacionalidade. Só tome cuidado para não extrapolar o limite de pontos de performance (PP).

Palavra final

“Gran Turismo 7” une tudo de bom que a franquia acumulou ao longo de 25 anos. Foi como voltar na minha juventude, quando joguei “GT” pela primeira vez, e desde então tenho jogado sem parar.

Ele oferece diversão para quem busca jogar sozinho, assim como entrega os mesmos recursos para quem se amarra em provas online. O único senão são os preços. A edição básica parte de R$ 300 e a versão mais recheada salta para R$ 450.


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