Marcelo Iglesias
Uma das grandes notícias da feira de jogos E3, em Los Angeles, foi o anúncio da Microsoft em que irá disponibilizar a compatibilidade dos jogos do Xbox 360 para Xbox One. A notícia teve repercussão positiva do mercado e principalmente junto aos consumidores da marca. Mas por que só agora a retrocompatibilidade foi anunciada como possível?
Bom, meses atrás, tanto a Microsoft quanto a Sony afirmaram que não teriam como implementar o recurso, pois os consoles tinham arquiteturas diferentes, o que impediam de rodar jogos de X360 e PS3 em seus sucessores. Mas como as vendas da “caixa” de Bill Gates andam aquém do rival japonês, a atualização do sistema possibilitando rodar games antigos surge como um argumento forte para atrair donos do X360, que ainda não migraram para o XOne para não aposentar a velha coleção de títulos.
No minuto seguinte ao anúncio, a Sony veio a público para afirmar que não irá permitir que jogos de PS3 rodem no PS4. Sem tocar em questões técnicas, o posicionamento da Sony se focava em estratégia de mercado, em que cada fabricante tomava seu caminho. Para a Sony a retrocompatibilidade não é bom negócio. Quando lançou o PlayStation 3, a primeira versão do aparelho, que mais lembrava um grill, permitia rodar jogos do PS2. Pouco depois o recurso desapareceu e logo surgiram os chamados PSOne Classics e PS2 Classics na PSN.
Atualmente a marca japonesa tem gastado os tubos para fazer com que o serviço de games via streaming, o PS Now, sai da fase beta e funcione pra valer. Nesse serviço, será possível rodar games de todas as gerações PlayStation como se fosse um Netflix.
Outra razão para a Sony não querer saber de jogos do PS3 dentro do PS4 é sua velha estratégia de requentar antigos em versões remasterizadas, como “God of War III HD”, dentre outras velharias como “Devil May Cray” e por aí vai. Afinal, por que permitir que o consumidor reaproveite seus velhos jogos, se é mais rentável vendê-los novamente com uma embalagem mais moderna?
[bws_related_posts]