Preview – FIFA 18 ou PES 2018, qual é a melhor escolha?

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Marcelo “Jabulas” Iglesias | Redação GameCoin – A guerra está declarada! Na terça-feira (12) a Konami lançou a mais recente edição de seu game de futebol. PES 2018 (Pro Evolution Soccer para os puristas) chegou ao mercado com edições para PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One. E no mesmo dia a EA Sports, resolveu liberar a demo de FIFA 18 (que chega no dia 29 de setembro), para tentar azedar o caldo da concorrente japonesa, com versões para atuais e veteranos.

Testamos as duas demonstrações, nas edições para PS4, para evitar questionamentos sobre a escolha do game para cada console. Ambos oferecem partidas rápidas com alguns clubes europeus e demais localidades. FIFA18 inclui clubes como Real Madrid, que é o parceiro oficial, Paris Saint German (com Neymar), Liverpool, os conterrâneos City e United de Manchester e até mesmo L.A. Galaxy e Boca Juniors.

PES 2018 abre o cardápio com Barcelona, que é o time oficial do game e que ainda conta com Neymar no plantel, Bayer de Munique, River Plate, Corinthians, Flamengo, além das seleções do Brasil, Argentina e Alemanha. Ou seja, dá para voltar as semifinais e finais da Copa de 2014 e tentar corrigir a cagada de Felipão e seu escrete vexatório.

Gráficos de PES e FIFA

Graficamente é inegável a vantagem que FIFA 18 leva sobre o game da Konami. Os cenários, torcida têm um detalhamento mais real, enquanto PES 2018 mostra cores mais vivas, mas com um nível realismo menor. Por outro lado, permite algumas configurações como altura da grama e outras firulas, que só os jogadores mais experientes poderão dizer se influi no gameplay.

A caracterização dos personagens também é melhor trabalhada no jogo da EA Sports. O próprio Neymar é melhor desenhado em FIFA 18, apesar de as tatuagens de seus braços terem sido esquecidas. Cristiano Ronaldo, por sua vez, continua com penteado irretocável como na propaganda do xampu e até mesmo o professor Zidane surge impecável na produção.

Em PES 2018, nota-se um cuidado com os atletas do Barça. Piqué, Suárez e Messi estão bonitões, mas colegas como Iniesta não tiveram o mesmo capricho, mas aí o problema é também com a Mãe Natureza.

A física em FIFA também é melhor trabalhada, e muito se deve ao motor gráfico Frostbite, da DICE, que se mostra tão bom num jogo de esporte, quanto nos FPS Battlefield e Star Wars: Battlefront. Mas é preciso reconhecer que nos dois jogos há bugs de física, com goleiros que agarram na trave, tropeços em que parece que o atleta quica no gramado e outras pequenas bizarrices que fazem parte de qualquer videogame.

Jogabilidade

PES e FIFA sempre tiveram dinâmicas distintas de jogabilidade. Nas edições 2018 estas peculiaridades se mantiveram muito evidentes. PES 2018 segue o modelo mais Arcade enquanto FIFA 18 busca uma simulação mais realista.

Sendo assim, o game da Konami é mais fácil de jogar ao primeiro contato. Os passes de bola são simples, basta dar o comando, que a pelota é direcionada ao colega mais próximo.

Em FIFA 18, é necessário maior domínio. Não basta pressionar o botão de passe rasteiro o lançamento longo que ela irá “magneticamente” até o companheiro de equipe. O jogador precisa estar direcionado para o colega. Caso contrário a bola será rifada para o adversário, ou na melhor das hipóteses morrer numa lateral ou linha de fundo. Jogadas geniais também demandam uma combinação mais precisa. Isso acaba fazendo o game ficar cansativo e pouco estimulante.

Os comandos de ambos os títulos são muito parecidos e é possível que o jogador configure os botões para que fiquem exatamente iguais. A diferença fica por conta da calibração da carga dos chutes ou intensidade dos desarmes. FIFA 18 tem um comando de defesa intermediário entre a roubada e o carrinho, mas com um contato corpo a corpo. É um recurso interessante em que o jogador consegue ser mais agressivo, mas sem o risco de fazer uma falta ou sofrer um drible após uma entrada mais dura.

As cobranças de escanteio, falta e penalidades têm dinâmicas distintas para direcionar a bola. Mas em ambos os jogos basta praticar um pouco para se tornar um cobrador do nível de Ronaldinho Gaúcho.

Como não tenho vergonha de admitir minha total inabilidade para o futebol (tanto com os pés como com o joystick), PES 2018 se mostrou bem mais amigável que FIFA 18 e me lembrou muito a “maciez” de PES 2010, onde me gabo de dizer que era bastante competente, pelo menos contra o computador e jogando com o Barcelona, que tinha na frente Messi e Ibrahimovic.

Hunter, Bolt e Maradona

Tanto FIFA18 quanto PES 2018 abusam de recursos extras para que os jogadores ampliem sua experiência. O game da EA Sports volta a apostar na “novelinha” de Alex Hunter. O personagem fictício que ganhou vida em FIFA 17 com um novato que tem a chance de estrear no Manchester United, agora veste a camisa do Chelsea e recebeu uma proposta para ir para o Real Madrid. Mas antes disso, muita água vai passar por baixo da ponte do jovem britânico.

Já em PES 2018, a Konami aposta num conteúdo em que se poderá jogar com Diego Armando Maradona. O craque da “mano de Dios” faz parte dos extras do game, que também contará com velocista Usain Bolt como jogador de futebol. No entanto, os conteúdos não podem ser acessados na demo, mas Maradona estampava o gigantesco botão de ação para comprar o game.

Resumo da obra

PES 2018 e FIFA 18 são velhos rivais que ano após ano tentam se reinventar para atrair novos consumidores. PES é um game de manejo mais fácil, jogadores iniciantes aprendem mais rápido a dinâmica do jogo. Já FIFA segue com sua proposta de realismo e com comandos mais complexos que podem frustrar os novatos. Para um perna de pau real e virtual, o game da Konami me faz sentir altivo, enquanto o título da EA Sports escancara na minha cara o quão medíocre eu sou quando o assunto é o esporte bretão.

Seja como for, os dois games oferecem bons recursos e podem garantir horas de divertimento. Mas pelo conjunto FIFA 18 se sobressai a PES 2018, por ter melhores gráficos, melhor física e também pela historinha de Alex Hunter, que apesar de ser um dramalhão quase mexicano, não deixa de ser interessante.

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