Pipoca e Joystick: The Hunt for Red October

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Um dos games mais agredidos da história foi “E.T The Extra-Terrestrial”, devido a problemas de jogabilidade. Mas foi esse jogo que abriu o caminho para que o cinema fosse convertido em games. E “The Hunt for Red October”, de janeiro de 1991, é um exemplo perfeito.

A produção da australiana Beam Software tinha como pano de fundo o longa-metragem estrelado por Sean Connery e Alec Baldwin, que tinha chegado aos cinemas no ano anterior. No Brasil foi lançado como “Caçada ao Outubro Vermelho”.

RED OCTOBER

No filme, inspirado no romance de Tom Clancy, um almirante soviético é perseguido pelas marinhas norte-americanas e soviéticas. O livro abriu as portas para Clancy, morto em 2013, se tornar um dos grandes autores de espionagem.

E no final dos anos 1980, qualquer roteiro aprovado em Hollywood poderia virar um game, mesmo que fosse uma grande de uma porcaria. “The Hunt for Red October” nada mais é que uma espécie de “Seaquest” mais moderno. De certa forma um grande desperdício de enredo.

Naqueles anos, o estúdio australiano não tinha o cacife de grandes selos, mas gozada do prestígio de ter produzido “The Hobbit”, em 1982 (foto acima). O game em que o jogador deveria digitar comandos a cada cena se tornou um clássico e foi convertido para todos os computadores da época. Não demorou para os publishers, que faziam a distribuição de games Nintendo, chegar até ele.

The Hunt for Red October na prática

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No game, o jogador conduz o submarino por diferentes cenários cheios de obstáculos. O objetivo é atravessar os desafios em deixar que a energia nuclear se esgote, assim como os escudos.

Ele tem como base o enredo, em que o almirante Marko Ramius precisa navegar até a costa dos EUA. Mas, as únicas referências que o game faz ao filme, além do título, são algumas imagens digitalizadas dos personagens, nas telas que antecedem a nova fase.

Tiro, porrada e bomba

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Uma grata surpresa para quem se aventura a pilotar o submarino é a fase em que o jogador controla o personagem de Connery. Ele precisa percorrer a embarcação eliminando inimigos e desarmando explosivos que foram colocados para afundar de vez o Outubro Vermelho.

Visual

A Team Beam desenhou o game com um time de menos de 20 profissionais. E os caras fizeram tudo. Graficamente o game tem cenários simples, com fundo escuro, que era comum nos games do NES.

Afinal, faltava poder de fogo e armazenamento para desenvolver cenários com fundos trabalhados. A fase no interior do submarino é quase monocromática, mas busca caracterizar o protagonista, com sua cabeleira e barba grisalhas.

Versões

A Beam Software ainda produziu uma edição para Game Boy, que chegou em maio de 1991. Em 1993, a Riedel Software Productions, desenvolveu uma edição para Super Nintendo (foto acima). O game trazia o mesmo conceito de jogabilidade, mas com melhores gráficos, novos armamentos e sistema de danos mais complexo.

No entanto, em 1987, bem antes de o game o livro ser adaptado para o cinema, o romance foi convertido em game pela Oxford Digital. O título teve edições para Amiga, Apple II, MSX, MS-DOS, dentre outros sistemas.

Como jogar

Em sites como Mercado Livre é possível encontrar “The Hunt for Red October” para venda. A maioria das ofertas é da versão para SNES. Já para Nintendinho, as opções são poucas e os valores variam entre R$ 70 e R$ 90.

Palavra Final

Não há como dizer que “The Hunt for Red October” é um game reproduz com fidelidade a intensidade do longa-metragem e muito menos do livro de Clancy. Ele é um jogo de tiro que tem como ambientação o roteiro da película.

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Mas há de convirmos que, em 1990, o NES era um brinquedo infantil. A geração de adultos que foram ver o filme no cinema, em sua grande maioria, não tinham hábito de jogar videogame. Assim, para um moleque, o game do submarino era bem mais interessante do que se fosse uma trama complexa dentro de uma baleia de ferro.

Vale experimentar, só não pode vir com muita expectativa.

 


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