Marcelo Iglesias | Redação GameCoin – Super Mario é um dos mais emblemáticos personagens do mundo dos games, maior até mesmo que Pac-Man, que para muitos é sinônimo de videogame. No entanto, Mario começou sua carreira como coadjuvante, num game de fliperamas da Nintendo que se chamava Donkey Kong, laçado em 1981.
No game criado por Shigeru Miyamoto, o encanador Mario tinha a missão de salvar a donzela de um feroz gorila, numa espécie de plágio de King Kong. O grandalhão mantinha a mocinha no alto de uma torre e o bigodudo tinha que resgatá-la. Para isso bastava subir pelas escadas e desviar de barris arremessados pela criatura indomável. Parece simples não é, mas na verdade Donkey Kong era e ainda é um jogo torturante.
Como foi concebido para fliperamas, o jogo tinha uma lógica muito simples, quanto mais difícil for, maior será o gasto com fichas. E quanto mais fichas forem vendidas, maior será o lucro da casa de jogos e consequentemente o maior interesse em investir no brinquedo da empresa japonesa. Batata! Donkey Kong pipocava em casas de fliperama, botequins e lanchonetes mundo afora e no Brasil não foi diferente. Não demorou muito para o game ganhar edições para os diferentes consoles da época, inclusive no saudoso Atari 2600.
Game & Watch
Donkey Kong também foi responsável pelo sucesso do aparelho Game & Watch, que era um game portátil, com elementos estáticos impressos numa tela de LCD e que o movimento se dava pela troca pontos visíveis no mesmo conceito utilizado por calculadoras e relógios digitais. No entanto, a versão de Donkey Kong trazia duas telas, num conceito que deu origem à família DS.
Donkey Kong Jr.
A Nintendo percebeu que seu game dera certo e tratou de planejar uma sequência já para 1982. Mas para não ficar na repetição, o novo game mudava o foco. Desta vez, Donkey Kong tinha sido aprisionado e cabia a seu filho Donkey Kong Jr. a incumbência de resgatá-lo. Com gráficos melhorados e cores mais vivas, o jogo era mais simpático de se ver que o antecessor. A jogabilidade tinha lógica muito parecida, em que o jogador precisa levar o macaquinho até a jaula para salvar o gorilão.
No entanto, ao invés de percorrer os andares da torre, em Donkey Kong Jr. o jogador precisa se desvencilhar de cobras utilizando cipós. Mas da mesma maneira que o primeiro game, o jogo era extremamente difícil e toneladas de fichas eram necessárias até conseguir vencer o game.
Donkey Kong 3
Naquele momento a Big N já tinha se dado conta do tamanho do negócio de máquinas de fliperamas e também assistiu ascensão de concorrentes como Taito, Sega e Capcom, que também apostavam em diversas produções para arcade. Daí, Donkey Kong 3 chegou já em 1983, numa corrida frenética por espaço nas casas de fliperama, abarrotadas de máquinas luminosas e barulhentas.
O novo game trazia o macacão de volta a ativa. Em um enredo totalmente nonsense, o Kong ficava chocalhando colmeias que liberavam vespas furiosas. O objetivo do jogador era borrifar inseticida para espantar os insetos e fazer com que o gorila fugisse. No lugar de Mario, o jogador controlava o pouco conhecido Stanley the Bugman, um exterminador de insetos. A jogabilidade era uma cópia deslavada de games como Space Invaders, em que a dinâmica não se resumia ao avanço pelo cenário e movimentos de esquiva, mas principalmente na pontaria dos disparos. O título teve sua presença nas casas de jogos, mas sem o mesmo estardalhaço que os dois primeiros games, mesmo com uma considerável evolução visual.
Donkey Kong ficou na geladeira da Nintendo por longos 11 anos até ser ressuscitado no espetacular Donkey Kong Country, para Super Nintendo. Mas isso é assunto para outro dia!
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