Marcelo Igleisas | Redação GameCoin
Por escrever sobre games eu sigo diversos grupos, muitos descritos por tipos de consoles. PS4, Xbox One, Super NES, Mega Drive, Call of Duty, Battlefield, tem de tudo. E acompanhar esses grupos sempre traz informações legais e trocas de experiências bacanas. Fiz muitas amizades nesses grupos e companheiros de jogatina on-line. Mas nem tudo são flores, e o que chama atenção é o maniqueísmo dos discursos, crucificando ora aparelho, ora game.
Sinceramente não consigo entender a intolerância que vem se formando como se videogames tivessem se morfado num Flaflu binário, ou numa Faixa de Gaza com joysticks. Na verdade, dá até para tentar compreender a necessidade de defender um aparelho, marca ou game em detrimento de seu similar direto. Quando se gasta R$ 2 mil num console novo, é preciso se convencer de que seu investimento foi o melhor. Daí, seu console é o “pica das galáxias” e o outro é uma bela porcaria.
Tem muita gente que joga combustível nessa discussão, principalmente os chamados “fanboys” que em muitos casos se consideram na obrigação de defender a marca favorita a qualquer custo. Outro dia li um post em que um defensor do Xbox fazia chacota da capacidade de reprodução 4K do PS4, que nem sempre poderia ser nativa, enquanto no Xbox (Scorpio) as imagens sempre serão construídas em resolução UHD.
Neste exemplo, a discussão não leva em nada, afinal o Scorpio ainda nem existe e a Sony já se manifestou que não vai vender oficialmente o PS4 Pro por aqui. Isto significa que dificilmente a PSN brasileira terá os conteúdos necessários para se chegar ao 4K. Afinal, para quem não sabe os games continuaram sendo disponibilizados num formato para rodar tanto no PS4, quanto no PS4 Pro, mas com download dos arquivos que permitem a melhor resolução.
Daí, fazer esse faniquito é uma grande bobagem e parece apenas como uma estratégia para buscar engajamento para o post ou perfil em rede social. E o pior é que em muitas vezes funciona. Um sujeito vai lá dá sua opinião, depois surge outro e alfineta e a bola de neve ganha volume num sexo dos anjos que não leva ninguém a lugar nenhum, apenas ao administrador do perfil que vê suas métricas subirem, mas que na prática não converte em lucro real. Bufunfa!
Tanto o Xbox One, quanto o PS4 são consoles espetaculares, e que oferecem experiências de jogo muito parecidas. Na prática, o que difere um aparelho do outro são os games exclusivos. O consumidor escolhe que mais lhe interessa. Quem curte “Gears of War” vai de Xbox e quem gosta de “God of War” abraça um PlayStation. É simples e não é preciso esculachar o cara que preferiu o outro. Pelo contrário, se você tem um Xbox One, faça amizade com quem tem um PS4 e vice e versa. Daí, todo mundo joga de tudo.
Videogame é bom, faz bem para o desenvolvimento neural, bom para para fazer novos amigos, extravasar e essas pecuinhas só servem para alimentar as estratégias de marketing das fabricantes numa Guerra Fria que não leva a lugar nenhum.
Então meu amigo, quando você se deparar com essas rixas de fanboys, deixe para lá, pois nesses grupos sempre tem caras legais com dicas bacanas e mais preocupados em melhorar sua experiência com os games.
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