Mega Man Battle Network: vale a pena jogar série do GBA?

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Jogamos “Mega Man Battle Network Legacy Collection Vol. 2”, que é reeditado após 22 anos de seu lançamento

MEGA MAN BATTLE NETWORK
Mega Man Battle Network Collection resgata série paralela de RPG, lançada para Game Boy Advance

Marcelo Jabulas | @mjabulas – A série “Mega Man” está no mercado há quase 40 anos. A produção da Capcom estreou no Nintendinho (NES) em 1987. O robozinho azul deveria enfrentar a horda mecânica do Dr. Wily. Dificílimo, o game se tornou um sucesso e rendeu dezenas de continuações.

Uma delas é a série paralela “Battle Network”, que teve seu primeiro game publicado em 2001 para o portátil Game Boy Advance. A Capcom compilou os jogos no conjunto “Mega Man Battle Network Legacy Collection”, que estreou no PC, PS4 e Nintendo Switch em dois volumes.

CONFIRA AQUI:

Esse game se difere dos demais por ser um RPG tático, com ações por turnos. Ao contrário dos demais games em que jogador pula e atira em cenários 2D, aqui a lógica segue o padrão de jogos como “Final Fantasy”.

MEGA MAN BATTLE NETWORK
Batalhas por turnos segue a lógica de Final Fantasy e Pokémon

Ou seja, o jogador é confrontado por inimigos e batalham numa espécie de tabuleiro. O jogador precisa escolher como fará seus ataques em cada rodada. Para quem é fã de “Mega Man”, o game é um tanto burocrático, pois duelar com um inimigo simples leva um tempão.

Coisa de Pokémon

Mas é preciso contextualizar o game com seu período de lançamento. O jogo foi desenvolvido para GBA, que substituiu o Game Boy original. E um dos grandes sucessos do GB tinha sido “Pokémon”, que é um sucesso até hoje.

“Battle Network” tem um quê de Pokémon pelo fato do protagonista não ser o próprio Mega Man, mas Lan Hirari, que utilizam um dispositivo para controlar o robô azul em ambiente virtual.

Em 2001, a Capcom já imaginava que o mundo estaria plenamente na Internet

No game a Internet se tornou uma extensão do mundo real. Comércio, trabalho e até crimes acontecem por lá. Há 20 anos ainda tínhamos dúvidas sobre como estaríamos conectados, mas a galera da Capcom já tinha previsto isso.

E para manter as coisas em ordem, avatares digitais podem circular pela Web e conter ameaças como vírus e crimes. Assim, quando o Lan (que brinca com a sigla LAN, que significa rede local) precisa se conectar, ele invoca o Mega Man. Mais ou menos como Ash faz com seus pokémons antes das batalhas.

Testamos o Volume 2, que traz os três últimos jogos. Eles são bastante parecidos, com mudanças que se limitam ao enredo e cenários. Mas a lógica de jogabilidade é a mesma.

Visual de Mega Man Battle Network

O visual do jogo segue o padrão do título original. Com textos em fontes grandes, uma vez que foi desenhado para um console com uma telinha de apenas 2,9 polegadas com 240×160 px de resolução. Para ficar apresentável nos televisores e monitores de computador, a Capcom aplicou filtros que suavizam o visual. O resultado ficou bem legal.

Vale a pena?

Com preços que variam de R$ 130 a R$ 260, de acordo com a edição, “Mega Man Battle Network Legacy Collection” é um game destinado a fãs da franquia e jogos de RPG táticos, assim como saudosistas do Game Boy Advance. Para quem não é iniciado na franquia, o melhor é apostar nas compilações da série original, que são mais baratas e dinâmicas.


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