GTA San Andreas e os 18 anos de Carl Johnson

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Marcelo Jabulas | @mjabulas – Muito se fala sobre a produção “Grand Theft Auto VI”, principalmente após supostos vazamentos de vídeos que mostravam esboços da versão preliminar do projeto. Mas fato é que dificilmente algum episódio da franquia será capaz de superar “GTA: San Andreas”, game que completa 18 anos de seu lançamento global neste sábado (29), três dias após ter sido publicado nos Estados Unidos.

Confira aqui:

“San Andreas” foi o ponto de virada da franquia. Seus antecessores: “GTA III” e “Vice City” tiveram grande protagonismo na consolidação dos games Action-Adventure de Mundo Aberto, também conhecidos como Sandbox. Mas nada se compara ao quinto projeto da Rockstar Games.

Isso porque o game trazia um nível de liberdade que não existia nos jogos antecessores. O jogo introduziu rotinas corriqueiras como alimentação, atividade física, mudar o corte de cabelo e até fazer tatuagem. Pode parecer trivial nos games atuais, mas em 2004 era uma revolução.

Além disso, o jogo também trazia uma evolução visual aos demais jogos da série. Ele era melhor acabado que seus antecessores e também trazia animações, e diálogos mais sofisticados e ácidos. Sem em “GTA III”, Claude ouvia tudo calado, em “San Andreas”, Carl Johnson fala pelos cotovelos.

Outro fator que marcou “Grand Theft Auto: San Andreas” é que ele estrou no auge do PS2. O console mais popular da história era o sonho de consumo do novo milênio.

Na época, todas as bancas de camelôs de Belo Horizonte (e acredito que qualquer outra cidade) tinha um PS2 com o game rodando. Todo mundo falava de “San Andreas” mesmo sem saber o que era de fato.

GTA San Andreas

Em “San Andreas”, o jogador assume o papel de “Carl Johnson”, um jovem negro que volta para casa de luto, devido ao falecimento da mãe, após ter tentado a sorte longe de casa. Integrante de uma gangue, o jovem é recepcionado por policiais do bairro, que lhe dão uma advertência sobre seus passos futuros.

Mas assim que chega, CJ já se mete em confusão e a coisa evolui como uma bola de neve. Das tretas entre turmas da vizinhança e conspirações com mafiosos, a trama se desenvolve no fictício estado de San Andreas, que agrega as cidades de Los Santos, San Fierro e Las Venturas. Ou seja: Los Angeles, San Francisco e Las Vegas, repetindo a receita da Liberty City (Nova York) de “GTA III” e a Miami de “Vice City”.

Com ótimas animações, diálogos tarantinescos, o game mistura tudo com tiroteios frenéticos e tramoias hilárias. Tudo regado a pilotagens insanas pelas ruas da cidade, ao som de diveras rádios e centenas de clássicos de vários estilos.

“Grand Theft Auto: San Andreas” é um game tão venerado que, além das edições originais para PC, PS2 e Xbox, também recebeu reedições para PS3, Xbox 360, versão mobile e até mesmo uma edição remasterizada, integrante da coletânea “Grand Theft Auto: The Trilogy – The Definitive Edition” para PC, PS5, PS4, Xbox Series X/S, Xbox One e Nintendo Switch.

Apesar do sucesso e das críticas sobre a violência do jogo, “San Andreas” joga luz sobre como as minorias são vistas e tratadas, assim como os caminhos que tomam para sobreviver, num baralho de uma carta só.


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