Marcelo Jabulas | @mjabulas – A franquia de RPG “Final Fantasy” chegou ao mercado na década de 1980 e já publicou quase 30 episódios. O universo que explora fantasia medieval, combinado com futuro distópico, barcos voadores e avestruzes amarelos é sem dúvidas a mais popular série do gênero.
E como em toda franquia, sempre há uma discussão calorosa sobre qual é o melhor episódio. No entanto, em “FF” todo mundo é unânime em cravar que “Final Fantasy VII” é não apenas o melhor episódio, mas também um dos melhores RPGs já publicados.
Lançado em 31 de janeiro de 1997, o game acaba de completar 25 anos de sua publicação. O game foi desenhado para o novato Sony PlayStation, console que chegou munido de leitor de CD-ROM para concorrer num segmento dominado pela Sega e Nintendo.
Como era tendência na época, “Final Fantasy VII” abusava de gráficos 3D. A abertura é uma das coisas mais lindas, melancólicas e viscerais já produzidas na indústria de games. Ela sintetiza praticamente tudo que irá acontecer dali em diante.
Na trama, o jogador assume o papel de Cloud Strife, um mercenário que se une a um grupo ambientalista. A missão do grupo é destruir os reatores que extraem o makko, uma substância do subsolo, que é a fonte vital do planeta.
Mas no primeiro trabalho, o chefão da companhia percebe a sabotagem e amplifica os danos, que colapsa um dos setores da cidade alta, que fica um andar acima da parte pobre da metrópole. A partir daí é iniciada uma caçada a Cloud e seus companheiros.
Jogabilidade
“Final Fantasy VII” foi desenhado seguindo o modelo de jogabilidade com combates por turnos. Um modelo que surgiu ainda na década de 1970. Ele funciona da seguinte forma: quando se depara com um oponente, o jogador pode programar sua jogada e aguardar que o computador reaja a ela. Assim, em cada luta o jogador deve escolher suas ações e aguardar o próximo turno.
Gráficos de Final Fantasy VII
Se o modelo de jogabilidade seguia o mesmo conceito dos demais títulos da franquia, visualmente, “FFVII” era revolucionário. Ele foi o primeiro título a utilizar gráficos 3D, combinando com animações poligonais, e cenários com câmera fixa. Ainda hoje é um game que impressiona pelo visual, mesmo que muitos elementos possam parecer rudimentares.
Na década de 1990, muitos games utilizam esse recurso, como “Resident Evil” e “Alone in the Dark”. Eram soluções para garantir uma estética mais sofisticada, mas também driblar as limitações técnicas da época. Hoje pode parecer estranho e confuso controlar o personagem num cenário fixo, em que os direcionais mudam conforme o posiconamento da câmera. Mas ainda sim é algo lindo de se ver.
Em 2020, a Square Enix publicou “Final Fantasy VII: Remake” que redesenhou todo o game, mas manteve a estética original dos personagens e das locações. Os combates por turnos deram lugar a lutas em tempo real e os gráficos são impecáveis. Mas ainda sim, incapaz de entregar a mesma imersão do game original.
Com edições para PS One, PS3, PS4, Xbox One, Nintendo Switch, iOS, Android e PC, “Final Fantasy VII” é um game que não pode faltar na coleção de nenhum fã de RPG.