Marcelo “Jabulas” Iglesias | Redação GameCoin – O tsunami de especulações em torno das atrações da E3 2017 não param. E até o início das conferências de impressa na terça-feira (13 de junho) muita conversa rolará nas redes sociais, fóruns, sites especializados e conversas de botequins. Entre os temas está o Xbox Game Pass. Trata-se de um serviço de streaming de games, semelhante ao PlayStation Now, em que os assinantes terão, numa primeira fase, cerca de 100 jogos para jogar quando quiserem, sem a necessidade de aquisição e instalação.
Ao contrário do serviço da Sony, o Xbox Game Pass será oferecido no Brasil e custará R$ 40 mensais. Um valor baixo para um acervo tão grande. No entanto, o serviço pode ser um prenúncio para a interrupção da expansão do acervo retrocompatível entre Xbox 360 e Xbox One. E razões não faltam. A Sony sempre deu uma desculpa esfarrapada por não permitir a retrocompatibilidade dos games de PS3 no PS4. A história de que o hardware do PS4 não suportaria a emulação do PS3 é um tanto dúbia e mais parece desculpa de peidorreiro.
A razão é simples, a Sony investiu muita grana no PS Now e não seria inteligente promover o canibalismo com um sistema que, em tese, faria o mesmo sem arrecadação. O Xbox Game Pass, vem trilhando um caminho parecido e a Microsoft já vem dando indícios de que a retrocompatibilidade não teve a adesão esperada.
Pesquisa polêmica
A empresa divulgou o resultado de um estudo do site Ars Technica, que analisou o comportamento de mais de 900 mil usuários do Xbox One, num acúmulo de 1,6 bilhão de horas. E segundo o levantamento, apenas 1,5% de todo esse tempo de jogo teria sido destinado para rodar games de Xbox 360 no console atual.
Apesar de não declarar a satisfação ou insatisfação com seus esforços para desenvolver a retrocompatibilidade, que é um diferencial importante em relação ao PS4, a história é o início da construção de um discurso que pode ser indigesto a médio prazo. A notícia deixou muitos gamers furiosos, que postaram comentários contrários ao resultado do estudo.
Nas entrelinhas a divulgação basicamente quer dizer: “Criamos a oportunidade, mas os usuários não aderiram. Então vamos partir para outra estratégia”. Ou seja, jogou a batata quente na mão dos jogadores para validar a substituição de um serviço por outro, só que desta vez pago.
Seja como for, o acervo de jogos do Xbox 360 compatível com Xbox One é algo notável e um diferencial para fidelizar o consumidor na marca. Espero, sinceramente estar errado nesta “leitura” sobre o relatório da Ars Technica!
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