Marcelo Jabulas | Redação GameCoin – Num belo dia de sol avermelhado, num futuro não muito distante, uma colônia marciana é assolada por uma invasão de seres vindos do inferno. Esse é o resumo de uma história imaginada por três programadores (John Carmack, Tom Hall e John Romero) que revolucionou a indústria de games, há 25 anos.
Eles são os criadores de Doom, obra-prima da id Software e que consolidou o gênero de Tiro em Primeira Pessoa (FPS). Assim, se você é fã de Call of Duty, Battlefield, Counter-Strike e qualquer outro game do tipo, agradeça a esses três sujeitos e preste a devida homenagem a esse clássico, lançado em 10 de dezembro de 1993 para PC.
Doom não foi o primeiro FPS da id. Um ano antes a empresa tinha publicado Wolfenstein 3D que era uma releitura do clássico Castle Wolfenstein publicado para Apple II. O game que lançou B.J. Blazkowics à fama também não foi pioneiro do gênero, mas foi o título que deu visibilidade ao estilo. No entanto, foi Doom que turbinou o formato e estimulou o desenvolvimento de games como Duke Nukem 3D, Star War: Dark Forces e tudo mais que surgiu posteriormente.
O game
Em Doom o jogador assume o papel de um fuzileiro espacial a serviço da Union Aeroespace Corporation (UAC). Sem nome, o protagonista foi apelidado pelos jogadores de “Doomguy”. Ele foi enviado por desacatar ordem de seus superiores, como uma espécie de punição. Lá havia um projeto secreto de fazer um teletransporte entre Marte e as luas Phobos e Deimos.
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No entanto, a lua Deimos desaparece e um portal do inferno é aberto. Depois disso começa a carnificina. Os sodados enviados para conter os monstrengos são possuídos pelas criaturas e uma horda de bestas toma conta da colônia.
Jogabilidade
Doom trouxe evoluções significativas quando se compara a Wolfenstein 3D. Tanto na parte visual, como na jogabilidade. Enquanto seu antecessor era um game que discorria num cenário plano, Doom trazia alternâncias de altura. Andares, escadas e degraus foram inseridos. Junto dele o comando de pulo. Hoje, esses elementos podem parecer arcaicos, mas há 25 anos era algo extremamente sofisticado.
O game também oferecia um arsenal caprichado. O jogador iniciava a campanha com uma pistola, mas com o avanço adquiria novas armas como uma escopeta, um rifle de plasma, lança foguetes e uma arma de destruição em massa, a BFG-9000, que eliminava praticamente tudo na tela. E para quem é mais sádico e curioso, era possível encontrar uma serra elétrica, que fatiava os capetas como se fosse faca quente na manteiga. É clichê, mas é uma frase apropriada nessa hora!
A trama era divida em três episódios. Um quarto foi oferecido posteriormente numa edição definitiva. Basicamente o jogador avançava pelas fases, coletando chaves de acesso. A cada estágio novos monstros (mais poderosos) surgiam e tornavam a campanha mais desafiadora.
Gráficos
Visualmente Doom apresentava uma enorme evolução se comparado ao game de Blazko. O nível de detalhamento dos cenários, armas e personagens eram incomparáveis. Além dos recursos de altura, tinha efeitos de luminosidade mais refinados, com setores mais claros e escuros. Texturas de água e lava, assim como fundos de cenário, texto com textura e demais elementos.
O game também oferecia efeitos sonoros bem mais sofisticados e uma trilha sonora impecável. O Tema de Doom faz sucesso até hoje. Milhares músicos já postaram seus vídeos no YouTube.
Versões
O game foi publicado originalmente para MS-DOS e Macintoshi, mas ganhou edições para Sega 32X, Atari Jaguar, Super Nintendo, Windows, Sega Saturn, Xbox 360 e PS3. O game era tão popular que ganhou edições para Game Boy e iPhone.
Doom II
Menos de um ano de seu lançamento, a id apresentou Doom II: Hell on Hearth. Com 30 estágios, divididos em quatro episódios, o game levava a invasão para a Terra. A jogabilidade era praticamente a mesma e os gráficos pouco mudaram. A grande novidade era a escopeta de cano duplo, que se tornou a marca registrada do game.
Doom 3
Em 2004, a id trouxe a franquia novamente ao mercado com Doom 3 (com algarismo arábico no lugar do romano). O título contava novamente a história da invasão marciana. Dessa vez a tragédia estava em torno de um artefato encontrado no Planeta Vermelho. A UAC pretendia criar um teletransporte entre a Terra e Marte utilizando tal artefato. Mas quando ele entra em funcionamento abre o portal do inferno.
Tratava-se de um game moderno, construído com o motor gráfico Unreal e ótimos gráficos. Muito além da matança desenfreada, o game apostava numa história mais aprofundada. Mais uma vez o jogador assumia o papel de “Doomguy”. E mais uma vez seguia sem nome.
Mesmo assim ele precisava coletar dados para entender a história. O jogador precisa recuperar os assistentes pessoais dos tripulantes (PDA’s). Neles, além de fragmentos da história, também continham códigos de acessos, dicas de suprimentos e armas. Doom 3 é um game obrigatório. No anos seguinte, a id publicou a extensão (DLC) Resurrection of Evil, que levava o jogador literalmente para a casa do capeta.
Doom
A edição mais recente de “Doom” foi lançada em 2016, já sob o comando da Bethesda. O game faz um novo reinício na série, tanto que batizou o game apenas como “Doom”. Após a abertura do portal do inferno, “Doomguy” é submetido a um ritual arcano para receber poderes.
Mais uma vez a colonia foi dominado por criaturas e jogador precisa contê-las. Um dos pontos fortes de “Doom” é sua jogabilidade frenética. Ele faz um contraponto aos games atuais que exigem um comportamento mais estratégico. Nele, a ordem é partir para cima, não adianta ficar escondido.
Próximo passo
A próxima produção da franquia será “Doom Eternal”. O game foi anunciado para PC, PS4, Xbox One e Switch. Assim como em Doom II a história volta a se passar no planeta terra.
Como jogar
Doom foi publicado para diversas plataformas. Hoje é possível adquirir o game em versões para PC na Steam. Outra opção é a versão Doom 3: BFG Edition, publicada para PS3 e Xbox 360, que inclui Doom, Doom II, Doom 3 e o DLC Doom 3: Resurrection of Evil.
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