Marcelo Iglesias
Nem parece, mas DmC Devil May Cry está prestes de completar dois anos e já deu tempo suficiente para bater aquela saudade e jogarmos outra vez. E pela demora da produção, anunciada em 2010 e com lançamento apenas em janeiro de 2013, houve quem achou um tanto repetitivo, nos quesitos jogabilidade, mas não há muito que inovar quando se trata de um game de Ação 3D. O jogador percorre caminhos preestabelecidos, enfrenta hordas de inimigos, aprende uma infinidade de combinações de golpes e coleta pontos de magia, saúde e experiência. E para completar, há inúmeros pontos em que é preciso ser um acrobata. Mas isso não tira o brio da produção. DmC é um daqueles games viciantes e com inovações interessantes, quando se compara a outros do gênero.
É preciso reconhecer que a franquia amadureceu. Aquele padrão em que a morte do jogador significava o retorno ao início da fase, assim como chefes de estágio desequilibrados não existem mais. As mudanças podem até ter facilitado a brincadeira, mas com toda certeza ficou menos cansativo. Já o enredo revela os primórdios de Dante e sua saga contra os demônios que se apoderam dos veículos midiáticos para provocar o caos na Terra.
Graficamente, DmC Devil May Cry atende às expectativas. Mesmo assim, ele é colorido demais. E para um game em que o jogador é um caçador de demônios, cores vivas são um tanto incoerentes com a proposta. Claro que existem algumas falhas e defeitos visuais, mas não chegam a comprometer a confiabilidade do jogador.
Um ponto polêmico da produção foi o fato de Dante aparecer totalmente descaracterizado em relação aos episódios anteriores, que na cronologia da série se passam após ao último episódio – até parece coisa de Tarantino, não? Mas os veteranos que torceram o nariz para o novo visual do personagem foram afagados com um conteúdo extra, que trazia de volta as madeixas brancas de Dante. Disponível para PC, PlayStation 3 e Xbox 360.
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