DLCs podem ser boas aquisições quando se gosta muito de um game, mas também pode ser desperdício de dinheiro
Marcelo Jabulas – A sigla DLC significa Download Content, que numa tradução literal: conteúdo extra. O DLC está no mercado há muito tempo. Surgiu na indústria de softwares como recursos extras de ferramentas. Na mercado de jogos estes conteúdos ganharam notoriedade a partir da geração dos consoles PS3, Xbox 360 e Wii.
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Por estarem conectados integralmente a web (por cabo ou WiFi) ficou fácil oferecer conteúdos extras. Mas vale a pena comprar um DLC? A resposta é: depende.
Isso porque há uma infinidade de DLCs. Eles podem ser itens cosméticos, ferramentas que oferecem maior vantagens de gameplay, assim como novos mapas e missões extras.
Pagar por itens que o jogador irá conquistar durante o game é algo contraditório. Afinal, a conquista do item faz parte da jogatina. Daí, pagar mais encurtar o jogo não faz sentido.
Quando o DLC não é legal
Uma experiência pessoal que me incomodou foi com “Gran Turismo 6”. Quando a Polyphony Digital publicou o game, em 2013, ele vinha com um código que trazia carros extras. Mas eram carros marcados, com pintura fixa. Mas um monte de carro legal, como Shelby Daytona, Audi Quattro S1 e Pagani Huayra.
Aqueles carros simplesmente atropelaram a campanha, pois se começa o jogo com um modesto Fit híbrido. Mas quando se tem um demolidor do Grupo B, as provas iniciais se tornam idiotas. Ou seja, o conteúdo extra (mesmo que gratuito) roubou parte da graça do jogo.
Preços salgados
Muitos jogos já são lançados com conteúdos extras. Geralmente são itens para florear a brincadeira, colecionáveis, consumíveis dentre outros recursos. Também há acessos antecipados a novos recursos e outras quinquilharias. O problema é que esse pacote de benefícios encarece demais um jogo. Alguns literalmente dobram de preço.
E para piorar, é fatal que com o passar dos meses, estas edições turbinadas passem a custar menos que o valor cobrado pela edição standard na data de lançamento. Por outro lado, os conteúdos extras podem ser uma boa para quem joga online. Ter acesso a itens mais poderosos podem fazer a diferença no Mata-Mata ou Battle Royale.
Missões extras
Um DLC pode ser interessante quando o jogador tem acesso a conteúdos que expandem a campanha. Missões extras podem ser bastante divertidas, principalmente quando finalizamos um jogo e ficamos numa bad por ter acabado.
Mas muitas vezes chegamos ao final e exaustos da campanha. Uma dica é aguardar alguns dias ou semanas para jogar as missões extras. Particularmente desisti (temporariamente) de um DLC de um game que adoro. Depois de finalizar “Metro: Exodus”, estava aliviado por concluir o game. Mas resolvi jogar o DLC, que se passa num passado próximo de uma das fases do jogo.
O conteúdo é ótimo, mas estava cansado e acabei removendo o game para jogar depois. Foi o que fiz com “Wolfenstein II: The New Colossus”. O DLC “Crônicas da Liberdade” adiciona três pequenas campanhas com três novos personagens. É ótimo e cada um pode ser terminado com menos de duas horas. Mas foi legal ter dado um tempo antes de jogar.
Carros extras
Comprar carros para jogos de corrida é algo que beira a imoralidade. “Gran Turismo 7” adicionou um verdadeiro shopping do automóvel. Alguns custam verdadeiras fortunas e são quase impossíveis de serem comprados com os créditos que o jogador fatura com vitórias.
Mas há casos que não há como conseguir carros extras, como foi com “Project CARS”. Nas primeira e segunda edição do game há carros extras que só podem ser adquiridos com a compra dos DLCs. Um deles era o pacote Porsche, que trazia carros lendários como 917K e 935 “Moby Dick”. Ou seja, o “custo da oportunidade” depende da importância que cada um dá para o conteúdo extra.
Assim, o DLC pode ser uma armadilha para arrancar ainda mais grana do jogador, ou uma forma de tornar a experiência mais ampla. Mas uma coisa é certa, comprar todo game na sua edição Power Blaster Deluxe Carbon Purple na data do lançamento, é burrice. A menos que amigo seja pro player, mas se esse for o caso, o jogo chega na faixa.