Death Stranding é ainda mais bonito no PC

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Death Stranding é um game para PC e PS4, que se passa num futuro apocalíptico

Marcelo Jabulas | @mjabulas – Hideo Kojima é um homem excêntrico. Seja por sua fascinação por David Bowie ou pelo surrealismo de Metal Gear, fato é que Kojima nunca não se verga ao trivial. No ano passado, o designer japonês publicou Death Stranding, game que coloca o jogador na pele de um courrier do apocalipse, até então exclusivo para PS4.

Contraditório, o game gerou críticas acaloradas, tanto de viés positivo, quanto negativo. Agora tivemos a oportunidade de conferir a edição para PC (cópia cedida pela Hype Games), que acaba de estrear no mercado. Nela é possível extrair o máximo de refinamento visual. Mas atenção, não é qualquer computador que vai suportar o jogo.

Em termos de gameplay o jogo segue basicamente o mesmo. O que muda é o refinamento gráfico. Se no PS4 o game já era lindo, agora ficou espetacular. Na edição para PC é possível rodar em resolução 4K com taxa de 60 fps (troca de quadros por segundo). É algo notável, mas que exige hardware de ponta, como um bom monitor de frequência elevada.

A produção permite enquadramento Ultrawide (21:9), para aquele monitor gamer do momento. Ao lado dele, também é preciso uma pequena usina de Chernobyl no gabinete. Processador de alto desempenho como Intel Core i7, 8GB de RAM, placa de vídeo de 6GB de RAM e 80GB de armazenamento (recomendável que seja em SSD).

Mas ainda é possível se divertir com uma máquina mais modesta com processador parelho ao Core i5 e placa de vídeo com 3GB dedicados. Memória RAM e armazenamento são os mesmos.

O jogo

Em Death Stranding o jogador assume o papel de Sam Porter Bridges, personagem que leva as feições e vozes do ator Norman Reedus (Daryl, de The Walking Dead). Sam é um entregador num mundo devastado por criaturas invisíveis que consomem corpos mortos e produzem uma chuva que deteriora as pessoas.

Assim, o que restou da humanidade se isolou em colônias e cabe aos entregadores fazer o transporte de itens para conectar as comunidades. O problema é que não faltam bandidos e a eminente presença dessas criaturas invisíveis.

Para lidar o problema, Sam carrega em se traje um útero artificial. Nele há um bebê que é capaz de detectar a presença dessas criaturas.

Ou seja, um game insólito que é a cara de Kojima, com suas excentricidades como a traqueostomia para inserir fones de ouvido nas cobaias de Metal Gear V: The Phantom Pain.

Crítica

Um dos fatores que gerou críticas é o fato de muitas vezes o jogador passar longos períodos atravessando cenário sem momentos de ação. Realmente é chato, ficar vagando sem que nada aconteça, como ficar horas sentado diante de Flight Simulator numa rota trans-atlântica.

Mas é preciso tentar entender que o game se passa num mundo devastado. Mesmo com bandidos e a criatura misteriosa. A vida basicamente foi exterminada. Não faria sentido caminhos com densidade populacional.

Half-Life

O game ainda inclui novas missões secundárias, disponíveis no nível de dificuldade mais elevado. Uma delas se funde com o clássico Half-Life. O game de 1998 empresta elementos de sua trama para a produção. São extras que mexem com a imaginação dos fãs da série, que ainda sonham com Half-Life 3.

Palavra final

A chegada de Death Stranding ao PC amplia a rede de jogadores. Trata-se de um game com visual magnífico, com gameplay e enredo que fogem ao “arroz com feijão” da indústria. Mas é preciso deixar claro que é um game para ser rodado num PC de bom desempenho, pois abaixo da especificação recomendada, não vale a pena tentar.


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