Marcelo Jabulas | @mjabulas – Entre as grandes produtoras japonesas, a Konami tem conseguido enterrar um legado rico. Com uma estratégia de mercado confusa, ela tem perdido dinheiro ano após ano e deixado de lado grandes franquias, como “Castlevania”.
A série que estreou nos anos 1980 narra as desventuras de um caçador de vampiros para derrotar o Conde Drácula. A franquia teve incontáveis jogos, mas parou no tempo há quase 10 anos.
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Em 5 de março de 2013, ela publicou o penúltimo título da franquia: “Castlevania: Lords of Shadow – Mirror of Fate”. Exclusivo para Nintendo DS, “MoF” foi a segunda produção da série “Lords of Shadow”, que propunha um reinício da saga.
O game ganhou posteriormente uma reedição em HD para PS3 e Xbox 360, para garantir suporte gráfico nos televisores, uma vez que na telinha do DS, não se fazia necessário gastar memória com detalhes que não seriam visíveis.
Mirror Fate
“Mirror of Fate” é um game de ação com visão 2D. Ele tem um estilo que remete ao clássico “Symphony of the Night” (que é considerado o melhor jogo da franquia).
O game segue o padrão Metroidvania. Para quem não sabe, trata-se da combinação dos nomes Metroid e Castlevania. A alcunha designa um estilo de jogo em que é preciso revisitar os mesmos cenários várias vezes para combinar elementos que permitem o progresso do jogo.
Como é de praxe, a trama se desenvolve no castelo do senhor das trevas. São incontáveis sala, calabouços, masmorras e cômodos que se conectam, formando um imenso complexo.
Elenco de Castlevania
Mas o grande barato desse game é que e adiciona numa mesma história os principais personagens da série: Gabriel, Trevor e Simon Belmont, além de Allucard. Todos eles figuraram nas produções anteriores. E o game tenta contar as desavenças do Clã dos Belmont com Drácula.
O jogo tem bons gráficos e jogabilidade com elementos que acompanham a franquia desde os anos do Nintendo 8 Bits. No entanto, trouxe melhorias no gameplay, assim como mais recursos.
Cada personagem jogável conta com suas habilidades, como uso do chicote dos Belmont e a capacidade de mudar de forma de Allucard. Cada arma ou perícia deve ser aplicada em locais distintos, para dar acesso a novos ambientes.
Para quem a é fã da série, “Castlevania: Lords of Shadow – Mirror of Fate” é um título imprescindível. Mas infelizmente a Konami o game não recebeu reedições para as plataformas atuais, como aconteceu como os jogos das gerações 8 e 16 Bits, na coletânea “Anniversary Collection”.
Assim, para jogar “MoF” é preciso garimpar um cartucho do Nintendo DS, que pode custar até R$ 400 no mercado de usados. Na versão europeia da Nintendo eShop há uma edição para Switch. Mas o preço é de 45 euros (R$ 250). A opção mais barata é apostar na edição para Xbox 360 (R$ 30), que pode ser adquirida na Xbox Live.
Minha experiência
Joguei “Mirror of Fate” pela primeira vez em 2013, logo após jogar “Lords of Shadow”. É impossível não relacionar o game com “Symphony of the Night”. Trata-se de um jogo que pode ser arrastar por uma eternidade, algo corriqueiro nos games metroidvania, pois muitas vezes um único elemento pendente pode travar toda a campanha. O save dele está guardado no PS3, esperando que eu retome o jogo.