Existem séries que fazem história em um determinado sistema. E até o início da década de 1990, “Castlevania” era uma franquia praticamente exclusiva dos videogames da Nintendo, com três edições publicadas para NES e uma para Super NES. Isso sem contar o divertidíssimo “Castlevania Kid Dracula”, lançado para o Nintendinho em 1990. Mas em 1994 a Konami lançou “Castlevania: Bloodlines” para Mega Drive, primeiro título da série para um console da Sega.
O game que se passa no período da Primeira Guerra Mundial, conta a história de um fracassado ritual de magia negra que acaba trazendo Drácula de volta à vida. Para tentar conter o morcegão, dois caçadores de vampiros são escalados: John Morris e Eric Lecarde. Cabe ao jogador o personagem que irá conduzir pela Transilvânia. Quem jogou o o primeiro “Castlevania”, para NES, e “Super Castlevania IV” para SNES sabem que são praticamente o mesmo game, mas com gráficos infinitamente melhorados na versão 16-bit. Bom, “Bloodline” é mais uma reprise do título original. Tanto que as fases e labirintos pelo castelo são praticamente os mesmos, assim como os inimigos e chefes de fase.
Difícil como todo Castlevania
Mas para quem gosta de um game difícil, eis um excelente desafio. Como todo bom game da velha guarda, qualquer descuido significa a morte. E para complicar ainda mais a vida do jogador, os inimigos vão ressurgindo a todo instante e os itens de saúde são escassos. Para piorar, os upgrades do chicote de Morris ou a lança de Lecarde se perdem sempre que se morre. Graficamente o game é bonitinho, mas fica muito aquém da versão para Super Nintendo, que tinha uns efeitos de luz e brilhos muito mais legais.
Para rodar o game é preciso ter um Mega Drive e o cartucho do jogo, que não é fácil de se encontrar nos dias de hoje. Além disso, as poucas opções são caríssimas, o que podem tornar a brincadeira proibitiva. Uma solução é apelar para os emuladores. Mas é bom deixar claro que se trata de uma brincadeira ilegal, considerada pirataria.