Marcelo Jabulas | @mjabulas – Apesar de a indústria de games ter demorado a romper barreiras na China, atualmente ela é uma gigante. O país ganhou mercado no segmento mobile e hoje a liderança em faturamento com os Estados Unidos. Para se ter uma ideia, em 2019 a China gerou US$ 36,5 bilhões em receita, enquanto os Estados Unidos ficaram na primeira posição por apenas US$ 400 milhões, segundo dados da Newzoo, que monitora o desempenho da indústria de jogos.
Mas tudo isso quer dizer que a China está ganhando terreno e desafiando grandes potências como Japão e EUA não apenas no consumo. Mas também no desenvolvimento. PUBG obrigou grandes publishers a repensarem o modo de fazer FPS online. E agora Black Myth: Wukong mostra que os chineses não querem apenas jogos para celular ou battle royale.
O estúdio Game Science divulgou um vídeo com cerca de 15 minutos, com cenas de gameplay e animações. E nele é possível perceber o capricho da produção. O game se passa num universo de fantasia medieval, que se mescla com o romance A Jornada ao Oeste, escrita em 1570 por Wu Chengen.
Rei Macaco
O jogador é hominídeo com traços de um símio, inspirado no personagem da obra, Rei Macaco, que em chinês se pronuncia Sun Wukong. Ele até tem uma cauda como a do Goku, de Dragon Ball Z.
O gameplay segue o padrão de Hack & Slash com exploração, nos melhores moldes de God of War, mas com elementos que mais fazem parecer com Nioh, uma vez que ele permite invocar uma forma mais poderosa, assim como aprimorar sua indumentária. O personagem consegue inclusive se morfar num inseto voador.
Gráficos
No vídeo é exibida uma batalha entre o protagonista e um tipo de lobisomem, que dá mostras da dinâmica do jogo. Trata-se de um jogo bonito, com gráficos e texturas muito bem produzidos, assim como efeitos de iluminação e sombras, que deixa claro, a uso de tecnologias como ray-tracing.
Por hora sabemos que o game terá edição para PC, mas não há data de lançamento e nem informações se também contará com edições para PS5 e Xbox Series X.