Marcelo Jabulas | @mjabulas – Games cooperativos são muito mais legais que os de mata-mata. Juntar uma galera para cumprir um objetivo de forma conjunta é bacana, tem um ar de gincana escolar. “Back 4 Blood” chega ao mercado para trazer de volta o espírito de coletivismo, sem essa história de que só pode haver um.
Depois de testar a versão Beta, foi a vez de conferir o game pronto. Antes de mais nada é preciso situar o amigo na história do jogo. A temática é o bom e gosmento apocalipse zumbi. Com o mundo em frangalhos pequenos grupos de resistência se mantém de pé para não deixar que a humanidade desapareça. Essa é a história.
O game é sucessor espiritual de “Left 4 Dead”, de 2009. Tanto que foi produzido pelo mesmo estúdio a Turtle Rock, mas com distribuição da Warner Bros e não pela Valve.
No game, o jogador integra uma equipe de quatro participantes. O jogo oferece oito personagens (Walker, Holly, Hoffman, Evangelo, Karlee, Doc, Jim e Mãe), cada um com suas características. Mas o que vale mesmo é ser rápido e ter pontaria certeira.
O objetivo é fazer com que a equipe cruze os cenários em diferentes atos. A cada ato, é preciso varrer o caminho, detonando as criaturas. O game permite jogar com outros três jogadores em rede, ou com bots. Mesmo que o mais legal seja ter pessoas de verdade na sessão, os bots não deixam o jogador travado esperando alguém para jogar, como era frequente em games como “Predator: Hunting Grounds”.
Gameplay
“Back 4 Blood” em um FPS por função. O jogador pode levar uma arma principal e outra secundária. Ele também pode comprar melhorias para sua arma. Mas as melhorias é para aquela arma em específico. Por exemplo: o jogador equipa seu fuzil com mira laser, mas durante a campanha encontra uma escopeta. Essa não terá o acessório.
Assim é bom o jogador escolher um trabuco e continuar com ele durante a campanha. Já a arma secundária pode variar entre pistolas e armas brancas, como tacos e machados. A vantagem é que elas causam dano e não dependem de munição. Por outro lado, exigem proximidade com o inimigo. Itens como medicamentos, granadas e outros explosivos completam a lista.
O game oferece cartas de vantagens. Esses recursos oferecem benefícios que podem ser como velocidade de recarga, assim como mais saúde, dentre outros.
Monstros
No game, os zumbis são chamados de “Ridden”. Apesar de trôpegos, eles se movimentam rápido. Daí é preciso ficar sempre atento. Se não bastasse, o game também adiciona criaturas mais poderosas como os cuspidores, que atacam a distância. Já o garotão é um cara que tem um braço que parece uma clava. E ainda tem um gigante. Todos eles têm um ponto de fraqueza, destacado em vermelho. Para essas criaturas, o ataque à distância é fundamental.
Isso porque essas criaturas causam muito dano e medicamentos são itens que não estão em qualquer ponto. O jogador quando derrubado pode ser reanimado por um colega. Mas no calor do momento, é comum não dar tempo de ser socorrido. Então, a dica é ficar a distância e evitar aglomerações de zumbis, pois quando eles se amontoam é difícil eliminá-los e até mesmo fugir.
Gráficos de Back 4 Blood
O visual de “Back 4 Blood” surpreende. O game tem cenários caprichados, com texturas refinadas em todo os ambientes, sem aqueles fundos opacos que lembram o cortiço de “Chaves”.
Um ponto legal é que os personagens vão se cobrindo de sangue e vísceras durante as fases. Muitas vezes o jogador confunde o colega com um zumbi.
Palavra final
“Back 4 Blood” chega como mais um título que bebe na doce poça de sangue do apocalipse zumbi. É um game em que o jogador pega o jeito rapidamente. Seu grande barato é permitir que o jogador consiga jogar tanto sozinho, quanto na companhia de colegas.
Mas como nem tudo são flores, seu único senão é o preço. Caro, seus preços variam de R$ 280 a R$ 500, com edições para PC, PS5, PS4, Xbox Series X/S e Xbox One.