30 anos Home Alone no SNES

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Marcelo Jabulas | @mjabulas – Games derivados de longas-metragens são populares desde o início dos anos 1980. Alguns eram publicados paralelamente aos filmes, outros demoravam um pouco mais, como é o caso de “Home Alone”. Nos cinemas, “Esqueceram de Mim” foi lançado na segunda quinzena de dezembro de 1990. Não é preciso dizer que se trata de um clássico.

No entanto, as conversões para consoles e computadores só começaram a ser lançadas a partir de outubro de 1991. O filme recebeu jogos para NES, Master System, Mega Drive, Game Boy, Game Gear, DOS, Amiga e SNES.

Mas sejamos francos, a melhor edição de “Home Alone” chegou em dezembro daquele ano para o Super Nintendo, que foi pela Imagineeing Inc. Mas isso não significa que estejamos falando da quintessência dos games. Longe disso. A distribuição ficou a cargo da THQ. Ainda sim está longe de ser uma obra-prima como o filme.

A história todo mundo conhece. O pequeno Kevin McCallister é deixado para trás quando sua família sai em viagem rumo à Europa. Sozinho, ele descobre que dois ladrões estão de olho em sua casa e ele precisa protegê-la.

Jogabilidade

No game toda a história do game é resumida a um breve quadrinho em que os “Bandidos Molhados” decidem entrar na casa. O game é um legítimo jogo de plataforma e o objetivo é recolher os pertences de valores da família e escondê-los no porão.

Mas para isso, é preciso se esquivar dos bandidos. Curiosamente, os produtores inseriram alguns gatunos genéricos para tornar o game mais desafiante, mas as representações de Marv e Harry são bem convincentes.

HOME ALONE

A seu favor, Kevin conta com uma pistola d’água, um estilingue e até uma espingarda de chumbinho. Além dos bandidos “inventados”, o jogador precisa se defender de aranhas, fantasmas e demais ameaças.

Um lance legal é que o game tem um ar Metroidvania, ao liberar novos elementos que podem ser aplicados nos cômodos, inspirados no longa-metragem, como as armadilhas de carrinhos e outros truques do filme.

Visual de Home Alone

A edição de SNES de “Home Alone” tem visual agradável. No entanto, a versão para Mega Drive, desenvolvido pela própria Sega, tem gráficos mais refinados. Por outro lado, é bastante intuitivo. O jogador faz a leitura do jogo bem rápido.

HOME ALONE

Cartuchos

Encontrar cartuchos não é problema. No Mercado Livre há vários anúncios de fitas no formato para SNES e também para Super Famicom. Os preços variam de R$ 50 a R$ 200.

Palavra final

“Home Alone” é mais um filme que virou game, numa dobradinha das indústrias de games e cinema. A edição para Super Nintendo é definitivamente superior às demais, mesmo sendo visualmente aquém da edição do Mega Drive.

HOME ALONE

Apesar de ter toda a ambientação da casa dos McCallister e o empenho do jovem Kevin em salvar o patrimônio de seus pais e expulsar os bandidos, é mais uma das incontáveis produções que exploram a bilheteria do cinema. Não se trata de um jogo medíocre ou feito a toque de caixa como “E.T.” de Howard Scott Warshaw.

Em termos de jogabilidade, há um propósito. Mas é nítido que se tratava de mais um produto que sugava a imagem do pequeno Macaulay Culkin. Jogue se tiver curiosidade.


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