30 anos de The Addams Family nos games

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THE ADDAMS FAMILY

Marcelo Jabulas | @mjabulas – Em novembro de 1991, a Paramount Pictures lançou o longa-metragem “The Addams Family”, que resgatava o seriado dos anos 1960. E junto com o filme a indústria de games também aproveitou o embalo e lançou o game do filme.

Com o mesmo nome do longa, o game teve edições para NES, Super Nintendo, Master System e Mega Drive. O primeiro a estrear foram as edições do Nintendinho e SNES, desenvolvido pela Ocean, e em 1993 as edições para os consoles da Sega, distribuídos pela Flying Edge.

Minha primeira experiência com “The Addams Family” foi na versão para NES. O game chamou atenção positivamente pois trazia atributos de exploração e combinação de elementos, numa lógica metroidvania.

Nos quatro casos a história é a mesma. Os Addams são feitos reféns pelo advogado da família. E cabe a Gomez salvar seus entes queridos. Como no filme, Fester (ou Tio Chico) está sob controle do vilão. Ele aparece nas janelas jogando bolas de golfe em Gomez.

NES e Master System

As versões 8 e 16 bits são bastante distintas em termos de jogabilidade e estética. Na versão para NES e Master, Gomez precisa acessar os cômodos da casa à medida que encontra itens que lhe dão acesso. Chaves, balde, guarda-chuva, osso e chave de boca. Ele tem uma pegada de RPG, mas num game de aventura 2D.

O problema é que o game é apinhado de inimigos e armadilhas. E para piorar Gomez só consegue derrotar as ameaças saltando sobre elas, como em “Super Mario Bros”. Pode parecer simples, mas tudo drena a barra de vida. Por exemplo, cair sobre espinhos faz com que o life esgote rapidamente.

THE ADDAMS FAMILY

Para preencher a barra, o jogador deve encontrar uns pedaços de queijo. No NES o naco devolve um pouquinho de energia. Já no Master carrega até o máximo. Outra vantagem da versão da Sega é que além das investidas tirarem menos sangue, o game também é mais preciso.

No Nintendinho, muitas vezes o jogador salta sobre um inimigo ou plataforma e passa direto. Uma deficiência crônica nos games do NES. Quem nunca perdeu a última vida ao tentar saltar sobre uma plataforma de “Mega Man”, “Contra” ou “Yo! Noid” e passou vazado?

Visualmente a versão do Master também é melhor acabada. Mas o game do Nintendinho é o mais simpático do quarteto.

Addams Family em 16 bits

A edição para Super Nintendo chegou praticamente junto ao filme, mas em alguns mercados ele só estreou em 1992. Já no Mega Drive, estreou em 1993. Ao contrário das edições 8 bits, o game não tem restrições de acesso e nem depende da coleta de dados.

THE ADDAMS FAMILY

Trata-se de um jogo de plataforma convencional com todos acessos livres. O jogador pode pular sobre a cabeça das criaturas, mas também pode atirar bolas de golfe. Nessa versão, o jogador conta com dois pontos de vida. Quando se perde, há alguns segundos de invencibilidade.

No entanto, por não exigir exploração e nem coleta de elementos, o game tem mais obstáculos e uma chuva de inimigos. Além disso, para resgatar o familiar é preciso enfrentar um chefe de estágio.

Visualmente, as edições 16 bits são mais sofisticadas, mas tanto no SNES quanto no Mega o design é o mesmo. O game conta com fundos de cenários refinados, diferentemente das edições 8 bits. Mas sinceramente, acho a versão do Nintendinho a mais simpática de todas.

Palavra Final

“The Addams Family” faz parte de um longo acervo de games da virada dos anos 1980 para 1990 inspirados em produções do cinema. Naquela época, games de filmes se tornaram um grande negócio. Qualquer produção de ação, terror, ficção, ação e infantil tinha potencial para virar um game.

Trata-se de um jogo divertido em qualquer uma das edições, mas sem dúvida as versões 8 bits são as mais desafiadoras por exigir exploração e coleta de itens.

 


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