Marcelo Jabulas | @mjabulas – Para falar de “Contra III: The Alien Wars” é preciso contextualizar. Nos anos 1980 a lógica aplicada aos games é que ele deveria ser difícil. Isso porque grande parte dos jogos eram publicados para fliperama. Assim, quanto mais difícil, maior seriam o números de fichas consumidas num intervalo menor. Para as casas de jogos era garantia de dinheiro em caixa.
Na migração desses jogos para os consoles domésticos, a lógica foi mantida. Inclusive, a dificuldade era um atestado de popularidade. Afinal, naquela época um jogo deveria durar muito tempo, mesmo que sua campanha não fosse extensa. Um jogo curto e rápido era certeza de fracasso.
“Contra” surgiu em 1986 nos fliperamas e estreou em 1987 no NES (Nintendinho). Era um game absurdamente difícil, tanto no fliper, quanto no console. Em 1992, a Konami publicou “Contra III: Alien Wars” para Super Nintendo.
Era a apresentação da série no novíssimo console 16 Bits da Big N. Com gráficos refinados e ótimas texturas, era um jogo bonito. Como boa parte dos games do SNES, dos primeiros anos, ele ainda contava com efeitos de zoom, que usava o recurso Mode 7. Hoje é rudimentar, mas na época era o máximo.
Contra III
Em “Contra III” o jogador dá sequência na luta contra uma invasão alienígena. Como é tradicional na franquia, o jogador conta com vários tipos de armas que são carregados por drones.
No entanto, essa edição permite que jogador tenha duas armas. Basta teclar os botões L ou R para abrir o espaço para as segunda arma. Esse recurso é muito útil, pois armas com escopeta e foguetes guiados dispensam o trabalho de fazer mira.
O jogador ainda conta com explosivos que varrem o cenário. Ou seja, tudo isso aparentemente deixa a aventura mais, correto? Errado, “Contra III” é um game sádico. Nos primeiros segundos de jogo, é preciso ser rápido para não ser apanhado por tiros e criaturas que avançam sobre o personagem. Detalhe: um tiro é uma vida a menos.
E se não bastasse, o game tem estágios com diferentes ângulos de câmera. Isso exige que o jogador se adapte rapidamente ao novo modo de visão.
Como jogar
“Contra” recebeu edições para diversos consoles modernos. Mas quem quiser garimpar um cartucho para Super Nintendo, terá que desembolsar R$ 450, numa cópia original.