25 anos de Resident Evil

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RESIDENT EVIL

Marcelo Jabulas | @mjabulas – Hoje (22) completa 25 anos que a Capcom publicou o primeiro episódio da série “Resident Evil”. Game que definiu o gênero Survival Horror, chegou em março de 1996, no Japão, para PSOne e se tornou uma das grandes franquias de sucesso da produtora ao lado de “Street Fighter” e “Mega Man”.

Originalmente o game se chama “Biohazard”, mas para a publicação nos Estados Unidos, os produtores resolveram mudar o nome para não correr novamente o risco de ter um problema jurídico. Em 1991, quando ela publicou “Street Fighter”, foi preciso renomear os nomes dos personagens na edição ocidental. O pugilista Balrog, se chamava originalmente M. Bison.

Os advogados da Capcom achavam melhor mudar a ordem dos nomes para evitar um quase certeiro processo por conta de Mike Tyson, por um possível uso inapropriado de sua imagem. Basta ver que o personagem trazia traços do ex-campeão dos pesos pesados.

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Com “Resident” a mudança se deu em função da banda de metal, Biohazard. A Capcom não queria correr o risco de enfrentar uma batalha judicial por violação de direitos autorais.

O jogo

É bem provável que todo mundo que jogou videogame nas últimas duas décadas conheça a história de “Resident Evil”. No entanto, vamos dar um breve resumo para aquele amigo, que por ventura chegou ao planeta por estes dias e ficou curioso.

O game se passa dentro de um casarão, a Mansão Spencer, localizada nos arredores da fictícia cidade de Raccoon City. O jogador pode conduzir a campanha na pele de Jill Valentine ou Chris Redfield.

A trama se passa após eventos estranhos acontecerem perto da residência. No local há zumbis e criaturas estranhas. Com o decorrer do game, o jogador descobre que a mansão esconde um laboratório onde a Umbrella Corp. desenvolve armas biológicas.

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A equipe investiga um acontecimento estranho nas proximidades, mas são “empurrados” para dentro da casa por uma matilha de cães raivosos. E é aí que a história começa.

Jogabilidade

No jogo, o objetivo do jogador é avançar pelos cômodos da mansão. Basicamente é preciso combinar itens de diferentes quartos para dar acesso a outros e chegar ao fim da história. Parece até inocente, mas cada dependência tem suas surpresas e desafios.

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Zumbis, quebra-cabeças, armadilhas, trancas e toda sorte de criaturas estão lá para atormentar a vida do jogador. E para piorar, os recursos são escassos. Dependendo da dificuldade, os inimigos são mais fortes e o protagonista começa a campanha sem munição. Ou seja, apenas com a faca entre os dentes.

Elementos de saúde também são escassos. O game conta com as famosas plantinhas verdes e vermelhas. As verdes têm fator de cura. Se o jogador combinar duas ou três, o efeito é potencializado. As vermelhas servem apenas para engrossar o caldo e sozinhas não servem para nada.

Salvamento

Salvar o progresso em “Resident Evil” demandava dois fatores. O primeiro era físico: o famoso Memory Card do PSOne. Ele era fundamental para salvar qualquer game, uma vez que não havia como reescrever na trilha do CD-ROM. O segundo fator eram as famigeradas bobinas de máquinas de escrever, os chamados Ink Ribbons.

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Eles são tão escassos quanto munição e ervas medicinais. Assim, o jogador deve dosar a quantidade de salvamentos para não ficar na mão após vencer um obstáculo difícil.

Os zumbis de Resident Evil

O jogo foi um dos grandes responsáveis pela zumbi mania que se instalou nos últimos 25 anos. No game, o jogador se depara com esses canibais ébrios, caminhando em sua direção de forma letárgica.

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O jogador pode decidir pelo embate corporal ou apenas esquivar deles. O problema é que munição não é algo farto no jogo. E matar um zumbi pode consumir boa parte das balas. Derrubá-lo com a faca pode ser uma saída, mas quanto mais próximo da criatura, maior o risco de ser atacado.

Mesmo assim, o melhor é limpar cada um dos cômodos, pois na trama, o jogador precisa acessar as dependências da mansão constantemente. E nada mais chato que entrar numa sala com pouca saúde e ter que driblar um babão carniceiro.

Gráficos

Em “RE”, o jogador tem visão em terceira pessoa. Mas o game utiliza um artifício gráfico para lidar com as limitações técnicas da época. Em 1996, o PSOne era um console moderno, mas o uso do CD-ROM limitava a capacidade máxima do game a 650MB.

Assim, para poder encaixar tudo no mesmo pacote, a Capcom utilizou um recurso de câmera fixa, como em “Alone in the Dark” (1992). Esteticamente o recurso é fantástico, pois permitia exibir ângulos dramáticos em cada sala. O problema estava na movimentação.

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Quando o game foi lançado, o Dualshock ainda não contava com controles analógicos, assim toda movimentação se dava nas setinhas. O lance é que o jogador precisa se habituar a se mover de acordo com o posicionamento de câmera e não tendo as costas do personagem como referência. Dá um pouco de trabalho, mas com o tempo se pega o jeito.

Portas

Outro recurso que se tornou marca do game, mas tinha função técnica, eram as portas. A cada cômodo, o jogador tem que assistir a uma animação da porta se abrindo. Trata-se de um elemento extraído de “Sweet Home”, game lançado para NES em 1989, pela Capcom.

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Inclusive, “Resident” foi pensado primeiramente para ser uma releitura do game, mas acabou ganhando identidade própria. Mas voltando à porta, o recurso era necessário para carregar os dados daquela sala em si. No entanto, ajudava a amplificar a tensão do jogo.

Onde jogar Resident Evil

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Hoje é possível jogar a edição original de “Resident Evil” no PS3, onde ainda é vendido como item da coleção PSOne Classics. No entanto, a edição remasterizada (com base na versão para Nintendo Gamecube) está disponível para PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One e Nintendo Switch.

Palavra final

“Resident Evil” é um game fundamental na história do videogame. Ele popularizou o gênero Survival  Horror, que tem sido amplamente explorado desde então. Sua estética de câmera fixa, a movimentação confusa, os carregamentos dos cômodos, tudo isso amplifica a tensão do jogador.

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Quem puder jogar o original deve fazê-lo, nem que seja apenas por uma experiência didática. Mas ainda sim é uma aventura apavorante, mesmo depois de 25 anos.


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One thought on “25 anos de Resident Evil

  1. Jogo fantástico. Meu primo tinha a versão japonesa. Apesar de não entender nada deu para desembolar. O susto era quando a gente descobria que a mansão era só um pedaço da historia. hahahahahahaha

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